Mundo

Rússia ameaça romper laços com Otan por atuação na Ucrânia

Rússia disse que Otan está transformando a Ucrânia numa "linha de frente de confrontação", e ameaçou romper laços remanescentes com a aliança militar


	Soldados da Otan: Otan já impulsionou sua presenta militar no leste europeu neste ano
 (Brendan Smialowski/AFP)

Soldados da Otan: Otan já impulsionou sua presenta militar no leste europeu neste ano (Brendan Smialowski/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 10h06.

Moscou - A Rússia disse nesta quarta-feira que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está transformando a Ucrânia numa "linha de frente de confrontação", e ameaçou romper os laços remanescentes com a aliança militar do Atlânico se as esperanças da Ucrânia de ingressarem no bloco se concretizarem.

A renúncia feita pelo Parlamento de Kiev do status de neutralidade da Ucrânia na terça-feira com o objetivo de abrir caminho para se juntar à Otan irritou Moscou e aprofundou o pior embate entre Rússia e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria.

"Os países da Otan empurraram Kiev à esta decisão contraproducente, tentando transformar a Ucrânia numa linha de frente de confrontação com a Rússia", disse o vice-ministro da Defesa, Anatoly Antonov, à agência de notícias russa Interfax.

"Se esta decisão no futuro assumir um aspecto militar (ingresso na Otan), então responderemos de modo apropriado. Então haverá uma completa ruptura dos laços com a Otan, que serão praticamente impossíveis de serem reparados", disse Antonov.

Um oficial da Otan, que pediu para não ser identificado, disse que cabe apenas a Kiev decidir sobre sua própria política externa.

"Se a Ucrânia decidir solicitar ingresso na Otan, a Otan vai avaliar sua prontidão em se juntar à aliança do mesmo modo que com qualquer candidato. Essa é uma questão entre a Otan e os países individuais que querem ser membros", disse o oficial.

A Otan já impulsionou sua presenta militar no leste europeu neste ano, dizendo ter evidências de que a Rússia orquestrou e armou uma rebelião pró-Rússia no leste da Ucrânia na sequência da derrubada do presidente em Kiev que tinha o apoio Moscou.

O Kremlin nega que esteja por trás da revolta, e está atualmente tentando, junto a Kiev e os rebeldes, renovar os esforços para encontrar uma solução política para a crise no leste ucraniano.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise políticaEuropaOtanRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Kamala e Trump dizem que estão prontos para debate e Fox News propõe programa extra

Eleições nos EUA: como interpretar as pesquisas entre Kamala e Trump desta semana?

Eventual governo de Kamala seria de continuidade na política econômica dos EUA, diz Yellen

Maduro pede voto de indecisos enquanto rival promete 'não perseguir ninguém' se for eleito

Mais na Exame