Mundo

Rússia acusa Israel de apoiar o 'regime neonazista de Kiev'

A Rússia já falou diversas vezes em "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov (AFP/AFP)

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov (AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 3 de maio de 2022 às 08h46.

A Rússia acusou nesta terça-feira (3) Israel de "apoiar o regime neonazista de Kiev", aumentando a polêmica provocada pela afirmação do chefe da diplomacia russa de que Adolf Hitler poderia ter "sangue judeu".

"Prestamos atenção nas declarações anti-históricas do ministro das Relações Exteriores (israelense), Yair Lapid, que explicam amplamente a decisão do atual governo de apoiar o regime neonazista de Kiev", afirmou o ministério russo das Relações Exteriores russo em um comunicado.

"Infelizmente, a história conhece exemplos trágicos de cooperação entre judeus e nazistas", acrescenta o texto.

Lapid classificou na segunda-feira de "escandalosos, imperdoáveis e um horrível erro histórico" os comentários feitos no domingo pelo chanceler russo Serguei Lavrov

Em uma entrevista no domingo a um canal italiano, Lavrov afirmou que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky "apresenta um argumento sobre que tipo de nazismo eles poderiam ter se ele próprio é judeu".

VEJA TAMBÉM:

UE irá retirar mais bancos russos do sistema Swift

Israel critica declaração de Lavrov sobre Hitler e convoca chanceler russo

Lavrov, de acordo com uma transcrição publicada no site do ministério das Relações Exteriores da Rússia, acrescentou: "Posso estar errado, mas Hitler também tinha sangue judeu".

Nesta terça-feira, a diplomacia russa repetiu os argumentos, alegando que "a origem judaica do presidente (Zelensky) não é garantia de proteção contra o neonazismo desenfreado no país".

A Rússia repetiu diversas vezes que deseja "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, uma ex-república soviética governada por um Executivo pró-Ocidente, justificando assim a ofensiva iniciada em 24 de fevereiro contra o país.

O governo russo também acusa Israel de "ignorar a epidemia de destruição e profanação de monumentos aos verdadeiros justos do mundo: os soldados do Exército Vermelho que pararam o Holocausto e salvaram o mundo judaico".

VEJA TAMBÉM:

Rússia derruba internet e obriga uso do rublo em cidade ucraniana ocupada

Fornecimento de gás russo para Europa caiu quase 27% neste ano

Acompanhe tudo sobre:GuerrasIsraelRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia