Rússia proibiu as importações de verduras procedentes da Espanha e da Alemanha devido ao surto infeccioso da bactéria "E. coli" (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2011 às 06h51.
Moscou - O chefe do Serviço Epidemiológico russo, Gennady Onishchenko, disse nesta quarta-feira que a Rússia está disposta a levantar parcialmente o veto às verduras europeias em troca de garantias dos serviços fitossanitários dos países exportadores, perante a falta de avanços nas negociações com a Comissão Europeia.
"Estamos dispostos a permitir parcialmente a entrada de produtos (vegetais) em troca de garantias dos serviços nacionais", disse o chefe sanitário russo, citado pela agência "Interfax".
Onishchenko informou que na noite desta terça-feira concluiu uma rodada de conversas com representantes da Comissão Europeia e se queixou que "não há compreensão" por parte de seus interlocutores.
"Seguimos esperando as propostas (europeias) de certificados que garantam a segurança da produção", disse a autoridade russa.
No último dia 10, em uma cúpula realizada na cidade russa de Nizhni Novgorod, os líderes da Rússia e da União Europeia (UE) acordaram que Moscou levantaria a proibição às importações de verduras europeias em troca de garantias de segurança da Comissão Europeia, e não dos serviços fitossanitários dos países exportadores.
Onishchenko assinalou que no mesmo dia da cúpula chegou a um acordo com as autoridades holandesas, que tinham aceitado as requisições russas para desbloquear a entrada de vegetais procedentes da Holanda, mas "a Comissão Europeia indicou que assumia a responsabilidade".
"A situação na Europa não estimula otimismo. Seguem sendo registrados casos de doentes, apesar das declarações da União Europeia de que acalmaram a situação", ressaltou o chefe sanitário.
Em 30 de maio, a Rússia proibiu as importações de verduras procedentes da Espanha e da Alemanha devido ao surto infeccioso da bactéria "E. coli", veto que as autoridades russas ampliaram a todos os vegetais procedentes da UE em 2 de junho.
Só na Alemanha o surto deixou até ontem 37 vítimas fatais.