Ruby será chamada como testemunha de defesa de Berlusconi
Os advogados de Berlusconi confirmaram que a jovem será convocada para a audiência de 10 ou 17 de novembro, depois que a acusação desistiu de interrogá-la
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2012 às 19h36.
Roma - A jovem marroquina Karima El Marough, conhecida como Ruby, será chamada como testemunha pela defesa do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi no processo no qual o empresário é acusado de indução à prostituição e abuso de poder.
Os advogados de Berlusconi confirmaram, durante a audiência desta segunda-feira, que a jovem será convocada para a audiência de 10 ou 17 de novembro, depois que a acusação desistiu de interrogá-la.
Por outro lado, as ex-ministras Mara Carfagna e Maria Stella Gelmini - que pertencem ao partido Povo da Liberdade, de Berlusconi - compareceram ao Tribunal de Milão, onde se desenvolve o julgamento, nesta segunda-feira, para testemunharem.
Na saída do Tribunal, Carfagna explicou aos jornalistas o conteúdo de sua declaração, na qual assegurou que nunca conheceu Ruby e que jamais esteve em Arcore, a residência que Berlusconi tem próxima a Milão e na qual eram celebradas festas com, supostamente, participação de menores.
''Em 14 de fevereiro de 2010, estava no meio de uma campanha eleitoral bastante intensa, em Nápoles e Salerno, da mesmo forma que em 2 e 9 de março'', afirmou Cafagna, descartando ter estado em Arcore nos dias nos quais Ruby participou desses encontros realizados por Berlusconi.
Gelmini, por sua vez, assegurou ter estado em Arcore em algumas oportunidades, embora sempre por motivos de trabalho e em encontros relacionados com a atividade política.
A ''vedete'' Miriam Loddo também testemunhou e confirmou que segue recebendo 2.500 euros mensais de Berlusconi, como já havia sido dito por outras jovens em audiências anteriores.
O escândalo Ruby ficou conhecido em outubro de 2010, quando a imprensa informou que Berlusconi tinha estado, seis meses antes, em uma delegacia de Milão para pedir que as autoridades libertassem Ruby, então menor de idade, alegando que a menina era sobrinha do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak.
Ruby, que estava presa na delegacia por um roubo de 3 mil euros de uma amiga, foi liberada e entregue à conselheira regional da Lombardia, Nicole Minetti, considerada pela Promotoria uma das pessoas que facilitavam as supostas relações entre Berlusconi e as meninas.
Alguns meses depois, em 14 de janeiro de 2011, o jornal ''Corriere della Sera'' publicou que Berlusconi estava sob investigação por um suposto delito de abuso de poder sobre um funcionário da mesma delegacia por esse pedido de libertação de Ruby.
Quanto à incitação à prostituição de menores, o suposto delito consiste na presença da jovem na mansão de Berlusconi de Arcore em oito ocasiões, nas quais a Promotoria acredita que houve encontros sexuais com o líder quando Ruby ainda não tinha completado 18 anos.
Roma - A jovem marroquina Karima El Marough, conhecida como Ruby, será chamada como testemunha pela defesa do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi no processo no qual o empresário é acusado de indução à prostituição e abuso de poder.
Os advogados de Berlusconi confirmaram, durante a audiência desta segunda-feira, que a jovem será convocada para a audiência de 10 ou 17 de novembro, depois que a acusação desistiu de interrogá-la.
Por outro lado, as ex-ministras Mara Carfagna e Maria Stella Gelmini - que pertencem ao partido Povo da Liberdade, de Berlusconi - compareceram ao Tribunal de Milão, onde se desenvolve o julgamento, nesta segunda-feira, para testemunharem.
Na saída do Tribunal, Carfagna explicou aos jornalistas o conteúdo de sua declaração, na qual assegurou que nunca conheceu Ruby e que jamais esteve em Arcore, a residência que Berlusconi tem próxima a Milão e na qual eram celebradas festas com, supostamente, participação de menores.
''Em 14 de fevereiro de 2010, estava no meio de uma campanha eleitoral bastante intensa, em Nápoles e Salerno, da mesmo forma que em 2 e 9 de março'', afirmou Cafagna, descartando ter estado em Arcore nos dias nos quais Ruby participou desses encontros realizados por Berlusconi.
Gelmini, por sua vez, assegurou ter estado em Arcore em algumas oportunidades, embora sempre por motivos de trabalho e em encontros relacionados com a atividade política.
A ''vedete'' Miriam Loddo também testemunhou e confirmou que segue recebendo 2.500 euros mensais de Berlusconi, como já havia sido dito por outras jovens em audiências anteriores.
O escândalo Ruby ficou conhecido em outubro de 2010, quando a imprensa informou que Berlusconi tinha estado, seis meses antes, em uma delegacia de Milão para pedir que as autoridades libertassem Ruby, então menor de idade, alegando que a menina era sobrinha do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak.
Ruby, que estava presa na delegacia por um roubo de 3 mil euros de uma amiga, foi liberada e entregue à conselheira regional da Lombardia, Nicole Minetti, considerada pela Promotoria uma das pessoas que facilitavam as supostas relações entre Berlusconi e as meninas.
Alguns meses depois, em 14 de janeiro de 2011, o jornal ''Corriere della Sera'' publicou que Berlusconi estava sob investigação por um suposto delito de abuso de poder sobre um funcionário da mesma delegacia por esse pedido de libertação de Ruby.
Quanto à incitação à prostituição de menores, o suposto delito consiste na presença da jovem na mansão de Berlusconi de Arcore em oito ocasiões, nas quais a Promotoria acredita que houve encontros sexuais com o líder quando Ruby ainda não tinha completado 18 anos.