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RSF pede explicações sobre recusa de embarque de jornalista

A ONG Repórteres Sem Fronteiras exigiu explicações dos EUA sobre a recusa de embarque de um jornalista alemão que criticou os programas de vigilância do país

Aeroporto de Salvador: RSF especulou a possibilidade de que essa negativa seja uma mensagem para o Brasil (Divulgação/Infraero)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 09h56.

Paris - A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) exigiu explicações nesta quarta-feira aos Estados Unidos sobre a recusa de embarque de um jornalista alemão que criticou os programas de vigilância do país e que estava no aeroporto de Salvador para viajar a Miami .

"Não houve nenhuma explicação, apesar de dispor de todos os documentos necessários para a viagem, segundo nossas informações. Os antecedentes do interessado fazem temer um delito de opinião", indicou o organismo em comunicado.

As autoridades migratórias americanas negaram o embarque de Ilja Trojanow em 30 de setembro, quando iria viajar para os EUA para participar de uma conferência no Colorado.

O jornalista, segundo os RSF, ganhou destaque por seus artigos contra os programas de vigilância desenvolvidos pelos Estados Unidos e alguns países aliados, e em 18 de setembro escreveu uma carta aberta à chanceler Angela Merkel na qual pedia que tomasse medidas contra as "ramificações" desse programa em solo alemão.

"Se ficar demonstrado que a entrada em território americano foi negada por sua postura sobre esse tema, isso seria um obstáculo para um debate de interesse público, indigno do país da primeira emenda", indicou a ONG.

A RSF especulou a possibilidade de que essa negativa seja uma mensagem para o Brasil, cuja presidente, Dilma Rousseff , pediu oficialmente contas ao país após casos de espionagem.

O Brasil, lembrou a RSF, é o país de residência de Glenn Greenwald, advogado especialista em direitos civis que o jornal britânico "The Guardian" contratou em 2012, e que foi uma das peças chave que revelou o suposto sistema com o qual os serviços secretos dos EUA espionam milhões de pessoas.

"Parece difícil excluir todo vínculo entre esse contexto e a desventura sofrida por Ilja Trojanow", concluiu a ONG em sua chamada.

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"Não houve nenhuma explicação, apesar de dispor de todos os documentos necessários para a viagem, segundo nossas informações. Os antecedentes do interessado fazem temer um delito de opinião", indicou o organismo em comunicado.

As autoridades migratórias americanas negaram o embarque de Ilja Trojanow em 30 de setembro, quando iria viajar para os EUA para participar de uma conferência no Colorado.

O jornalista, segundo os RSF, ganhou destaque por seus artigos contra os programas de vigilância desenvolvidos pelos Estados Unidos e alguns países aliados, e em 18 de setembro escreveu uma carta aberta à chanceler Angela Merkel na qual pedia que tomasse medidas contra as "ramificações" desse programa em solo alemão.

"Se ficar demonstrado que a entrada em território americano foi negada por sua postura sobre esse tema, isso seria um obstáculo para um debate de interesse público, indigno do país da primeira emenda", indicou a ONG.

A RSF especulou a possibilidade de que essa negativa seja uma mensagem para o Brasil, cuja presidente, Dilma Rousseff , pediu oficialmente contas ao país após casos de espionagem.

O Brasil, lembrou a RSF, é o país de residência de Glenn Greenwald, advogado especialista em direitos civis que o jornal britânico "The Guardian" contratou em 2012, e que foi uma das peças chave que revelou o suposto sistema com o qual os serviços secretos dos EUA espionam milhões de pessoas.

"Parece difícil excluir todo vínculo entre esse contexto e a desventura sofrida por Ilja Trojanow", concluiu a ONG em sua chamada.

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