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RSF anuncia jovem síria como jornalista do ano

A jovem repórter, cujo país é considerado o mais perigoso do mundo para os jornalistas, foi premiada por sua "deontologia, determinação e coragem"

Zaina Erhaim: foi premiada por sua capacidade de "destacar a dimensão humana nos corredores da guerra" (PM Award / AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 09h21.

A jornalista síria Zaina Erhaim, de 30 anos, que trabalha na cidade de Aleppo, devastada há mais de quatro anos pela guerra, foi anunciada como a "melhor jornalista " de 2015 pela organização Repórteres sem Fronteiras (RSF).

A jovem repórter, cujo país é considerado o mais perigoso do mundo para os jornalistas, foi premiada por sua "deontologia, determinação e coragem", assim como por sua capacidade de "destacar a dimensão humana nos corredores da guerra", destacou a RSF.

O prêmio foi entregue ao tio da jovem em uma cerimônia em Estrasburgo (nordeste da França), na presença do secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjørn Jagland.

Nos últimos dois anos, Zaina Erhaim formou uma centena de pessoas em jornalismo para TV e para a imprensa escrita, o que contribuiu para a criação de novas publicações na Síria.

O jornal turco Cumhuriyet foi premiado como o "melhor meio de comunicação". A RSF destacou que o jornal "paga o preço por seu jornalismo independente e corajoso" em um país no qual "a repressão crescente castiga as vozes críticas".

O prêmio de "jornalista cidadão" foi concedido a um coletivo de blogueiros etíopes, Zone9, que "denunciam regularmente o regime liberticida" que governa Adis Abeba.

Seis blogueiros do grupo passaram recentemente de 15 a 18 de meses em detenção, acusados de planejar ataques terroristas. Vítimas da "perseguição incessante das autoridades", detidos em abril 2014, eles foram libertados em julho e outubro.

Nenhum blogueiro teve condições de comparecer a Estrasburgo para receber o prêmio.

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São Paulo – Em 2014, o mundo perdeu 32.658 mil vidas em decorrência do terrorismo , um crescimento de 80% em relação ao que foi observado em 2013 e o maior nível já registrado. Mas embora o terrorismo esteja deixando o seu rastro de violência, no âmbito global, ele ainda mata 13 vezes menos que o homicídio . As constatações são do Global Terrorism Index 2015 (GTI), estudo anual do Instituto de Economia e Paz, organização que avalia os impactos econômicos da violência, divulgado nesta terça-feira, dias depois dos ataques do Estado Islâmico ( EI ) em Paris , França. A pesquisa revelou que é o EI, que atua principalmente na Síria e no Iraque, e o Boko Haram , cujas atividades concentram-se na Nigéria, os responsáveis por 51% dessas mortes. A maioria dos casos (78%) aconteceu em cinco países (Afeganistão, Iraque, Nigéria, Paquistão e Síria). O GTI nota, contudo, que o terrorismo está se espalhado pelo mundo. Em 2013, atividades foram registradas em 59 países. Em 2014, esse número subiu para 67, incluindo Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá e França. A edição 2015 do estudo investigou os padrões de atividades terroristas em 162 países a partir do total de incidentes registrados em 2014, o número de mortes, o número de feridos e os danos patrimoniais decorrentes dos atos. Com base nisso, classificou os países de acordo com os impactos do terror. Quanto mais próxima de dez for a pontuação, mais afetado é o local. Confira nas imagens quais são os 25 mais impactados.
  • 2. Iraque

    2 /27(Getty Images)

  • Classificação geralPontuação
    10
  • 3. Afeganistão

    3 /27(REUTERS/Medecins Sans Frontieres/Handout)

    Classificação geralPontuação
    9,233
  • 4. Nigéria

    4 /27(Afp.com / Pius Utomi Ekpei)

    Classificação geralPontuação
    9,213
  • 5. Paquistão

    5 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    9,065
  • 6. Síria

    6 /27(Bassam Khabieh / Reuters)

    Classificação geralPontuação
    8,108
  • 7. Índia

    7 /27(Reuters/STRINGER/INDIA)

    Classificação geralPontuação
    7,747
  • 8. Iêmen

    8 /27(REUTERS/Khaled Abdullah)

    Classificação geralPontuação
    7,642
  • 9. Somália

    9 /27(Omar Faruk/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,6
  • 10. Líbia

    10 /27(Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,29
  • 11. Tailândia

    11 /27(REUTERS/Athit Perawongmetha)

    Classificação geralPontuação
    10º7,729
  • 12. Filipinas

    12 /27(Erik De Castro/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    11º7,27
  • 13. Ucrânia

    13 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    12º7,2
  • 14. Egito

    14 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    13º6,813
  • 15. República Centro-Africana

    15 /27(Ivan Lieman/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    14º6,721
  • 16. Sudão do Sul

    16 /27(REUTERS/Goran Tomasevic)

    Classificação geralPontuação
    15º6,712
  • 17. Sudão

    17 /27(EBRAHIM HAMID/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    16º6,686
  • 18. Colômbia

    18 /27(Pedro Ugarte/AFP)

    Classificação geralPontuação
    17º6,662
  • 19. Quênia

    19 /27(Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    18º6,66
  • 20. República Democrática do Congo

    20 /27(Luc Gnago/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    19º6,487
  • 21. Camarões

    21 /27(Ali Kaya/AFP)

    Classificação geralPontuação
    20º6,466
  • 22. Líbano

    22 /27(Khalil Hassan/ Reuters)

    Classificação geralPontuação
    21º6,376
  • 23. China

    23 /27(Goh Chai Hin/AFP)

    Classificação geralPontuação
    22º6,294
  • 24. Rússia

    24 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    23º6,207
  • 25. Israel

    25 /27(REUTERS/Ammar Awad)

    Classificação geralPontuação
    24º6,034
  • 26. Bangladesh

    26 /27(REUTERS/Stringer)

    Classificação geralPontuação
    25º5,921
  • 27. Agora veja as homenagens às vítimas do ataque em Paris

    27 /27(Reuters)

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