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Romney se fortalece com vitória em referendo no Wisconsin

Pré-candidato, que hoje conclui uma viagem de dois dias no Texas com a qual espera arrecadar US$ 15 milhões, elogiou as políticas de Scott Walker

Wisconsin é um dos estados considerados decisivos para a eleição presidencial (Jessica Kourkounis)

Wisconsin é um dos estados considerados decisivos para a eleição presidencial (Jessica Kourkounis)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 21h14.

Washington - Mitt Romney, que já é de forma extra-oficial o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, falou nesta quarta-feira sobre o referendo no qual o governador conservador de Wisconsin conseguiu se livrar da cassação, enquanto o líder Barack Obama iniciou uma nova viagem de arrecadação de fundos na Califórnia.

Os cidadãos de Wisconsin apoiaram na terça-feira a permanência no cargo de seu governador, o republicano Scott Walker, em um referendo convocado pela oposição. ''Votaram a favor dos princípios conservadores'', disse Romney em um comício em San Antonio (Texas).

O pré-candidato, que hoje conclui uma viagem de dois dias no Texas com a qual espera arrecadar US$ 15 milhões, elogiou as políticas de Walker para reduzir o tamanho do governo estatal e manter baixos os impostos em Wisconsin.

A vitória de Walker foi interpretada como uma conquista de suas propostas, compartilhadas pelo movimento ultraconservador Tea Party, para combater o déficit com cortes de benefícios aos trabalhadores e despesas sociais ante a alta de impostos aos mais ricos sugerida pelos democratas.

Wisconsin é um dos estados considerados decisivos para a eleição presidencial, por ter uma variação de tendência (republicana ou democrata) ao longo da história e que costumam ser importantes nos resultados dos pleitos. A última vez que os cidadãos de Wisconsin apoiaram a um candidato presidencial republicano foi em 1984. Em 2008 deram preferência à Obama, que buscará a reeleição em novembro.


Para Romney, a vitória de Walker diante do democrata Tom Barrett, candidato a substituí-lo no governo de Wisconsin, é um exemplo de que ''o povo reconhece que não podemos seguir pelo mesmo caminho no qual estamos''.

Enquanto isso, a campanha democrata lembrou em comunicado que, apesar da vitória de Walker, as enquetes realizadas na última terça-feira indicam que, no estado, Obama segue com vantagem sobre Romney nas intenções de voto.

Obama se manteve afastado da disputa em Wisconsin e apoiou timidamente Barrett através do Twitter, com o objetivo não ser relacionado com o referendo. ''A mensagem do presidente sobre os passos necessários para o crescimento da economia e criação de emprego será refletida em Wisconsin'', disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, ao minimizar o impacto eleitoral do referendo.

Obama começou nesta quarta uma viagem de arrecadação de fundos com quatro atos de campanha programados em San Francisco e Los Angeles, na Califórnia.

O evento de maior destaque será organizado pela comunidade homossexual (LGBT), que reforçou seu apoio ao líder após seu respaldo ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O ato será realizado em um hotel de Los Angeles com a famosa apresentadora e atriz Ellen Degeneres como anfitriã.

No último mês, Obama passou um terço de seus dias de trabalho em atividades de arrecadação de fundos para sua reeleição, segundo o jornal ''Politico''.


De acordo com a publicação, com a parada de hoje na Califórnia e desta quinta-feira em Las Vegas, o presidente somará 153 atos de arrecadação de fundos desde que anunciou sua candidatura à reeleição no ano passado, quase o dobro dos realizados em 2004 pelo seu antecessor, George W. Bush, nessa altura da campanha.

Junto a derrota democrata em Wisconsin, as últimas declarações do ex-presidente Bill Clinton também estão preocupando Obama. Clinton disse em entrevista à cadeia ''CNBC'' que é a favor de estender temporariamente os cortes tributários que vencem no final de ano e sugeriu que a economia dos EUA segue em recessão.

No entanto, uma porta-voz de Clinton destacou que os republicanos usaram seus comentários para argumentar que os democratas não têm um plano econômico coerente, já que Obama continua se opondo à extensão desses cortes, especialmente para os mais ricos. 

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