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Romney pede desculpas por brincadeiras no ensino médio

"No ensino médio, você sabe, eu fiz algumas coisas estúpidas e se alguém ficou magoado ou ofendido com isso, obviamente, eu peço desculpas"

Romney, que se opõe ao casamento gay, disse na quarta-feira: "Eu acredito que o casamento é um relacionamento entre um homem e uma mulher" (©AFP / Jewel Samad)
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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 19h01.

Washington - O provável nomeado para a candidatura republicana Mitt Romney pediu desculpas nesta quinta-feira por brincadeiras no ensino médio que "podem ter ido muito longe," mas insistiu que ele não lembra de ter atacado um estudante gay.

"No ensino médio, você sabe, eu fiz algumas coisas estúpidas e se alguém ficou magoado ou ofendido com isso, obviamente, eu peço desculpas", Romney disse ao apresentador da Fox News Radio, Brian Kilmeade, apenas horas depois de o The Washington Post publicar um perfil explosivo de Romney sobre seus tempos de adolescente.

A entrevista foi um claro esforço para afastar as críticas a Romney por ter sido um aluno insensível, que praticava bullying durante seus anos de ensino médio, um dia depois de seu rival na disputa pela Casa Branca, Barack Obama, ter se tornado o primeiro presidente a apoiar publicamente o casamento gay.

"Eu participei de muitas brincadeiras e pegadinhas durante o Ensino Médio e algumas podem ter ido longe demais e peço desculpas pos isso", disse Romney.

Mas quando se trata do ataque detalhado no Post - que diz que Romney liderou um grupo de amigos que seguraram um aluno, que eles achavam que era gay, enquanto Romney cortava o cabelo do menino -, o candidato riu e disse "eu não lembro desse incidente."

A matéria descreve Romney no colégio de elite Cranbrook School em Bloomfield Hills, Michigan nos anos 60 e cita vários colegas de classe de Romney por nome que recentemente lembraram o incidente ao the Post.

Romney aparentemente comandou o ataque contra o aluno John Lauber, que era "alvo de brincadeiras frequentes por causa de sua inconformidade e suposta homossexualidade," e cujo cabelo louro muito claro caía sobre um olho, diz o jornal.

"Ele não pode ter essa aparência. Isso é errado. Olhe para ele!", Romney disse a seu amigo Matthew Friedemann na época, de acordo com as lembranças de Friedemann contadas ao Post.

O ataque "aconteceu muito rapidamente e até hoje isso me preocupa," disse Thomas Buford ao jornal, um dos alunos que segurou Lauber enquanto Romney cortava seu cabelo.

Buford, agora um promotor aposentado, pediu desculpas a Lauber mais tarde e disse que ele estava "aterrorizado".

"Que coisa sem sentido, estúpida, idiota de se fazer," disse ele ao Post, que citou muitos outros colegas confirmando a história.

Quanto à sugestão de que o ataque pode ter sido motivado pela orientação sexual da vítima, Romney disse: "Isso era a coisa mais distante de nossas mentes nos anos 60. Então, não era esse o caso".

A longa matéria chamou a atenção, já que foi publicada 24 horas depois do anúncio histórico de Obama apoiando o casamento gay.

Romney, que se opõe ao casamento gay, disse na quarta-feira: "Eu acredito que o casamento é um relacionamento entre um homem e uma mulher".

"Eu sei que outras pessoas têm opiniões diferentes e este é um tema sensível e delicado," disse ele.

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Washington - O provável nomeado para a candidatura republicana Mitt Romney pediu desculpas nesta quinta-feira por brincadeiras no ensino médio que "podem ter ido muito longe," mas insistiu que ele não lembra de ter atacado um estudante gay.

"No ensino médio, você sabe, eu fiz algumas coisas estúpidas e se alguém ficou magoado ou ofendido com isso, obviamente, eu peço desculpas", Romney disse ao apresentador da Fox News Radio, Brian Kilmeade, apenas horas depois de o The Washington Post publicar um perfil explosivo de Romney sobre seus tempos de adolescente.

A entrevista foi um claro esforço para afastar as críticas a Romney por ter sido um aluno insensível, que praticava bullying durante seus anos de ensino médio, um dia depois de seu rival na disputa pela Casa Branca, Barack Obama, ter se tornado o primeiro presidente a apoiar publicamente o casamento gay.

"Eu participei de muitas brincadeiras e pegadinhas durante o Ensino Médio e algumas podem ter ido longe demais e peço desculpas pos isso", disse Romney.

Mas quando se trata do ataque detalhado no Post - que diz que Romney liderou um grupo de amigos que seguraram um aluno, que eles achavam que era gay, enquanto Romney cortava o cabelo do menino -, o candidato riu e disse "eu não lembro desse incidente."

A matéria descreve Romney no colégio de elite Cranbrook School em Bloomfield Hills, Michigan nos anos 60 e cita vários colegas de classe de Romney por nome que recentemente lembraram o incidente ao the Post.

Romney aparentemente comandou o ataque contra o aluno John Lauber, que era "alvo de brincadeiras frequentes por causa de sua inconformidade e suposta homossexualidade," e cujo cabelo louro muito claro caía sobre um olho, diz o jornal.

"Ele não pode ter essa aparência. Isso é errado. Olhe para ele!", Romney disse a seu amigo Matthew Friedemann na época, de acordo com as lembranças de Friedemann contadas ao Post.

O ataque "aconteceu muito rapidamente e até hoje isso me preocupa," disse Thomas Buford ao jornal, um dos alunos que segurou Lauber enquanto Romney cortava seu cabelo.

Buford, agora um promotor aposentado, pediu desculpas a Lauber mais tarde e disse que ele estava "aterrorizado".

"Que coisa sem sentido, estúpida, idiota de se fazer," disse ele ao Post, que citou muitos outros colegas confirmando a história.

Quanto à sugestão de que o ataque pode ter sido motivado pela orientação sexual da vítima, Romney disse: "Isso era a coisa mais distante de nossas mentes nos anos 60. Então, não era esse o caso".

A longa matéria chamou a atenção, já que foi publicada 24 horas depois do anúncio histórico de Obama apoiando o casamento gay.

Romney, que se opõe ao casamento gay, disse na quarta-feira: "Eu acredito que o casamento é um relacionamento entre um homem e uma mulher".

"Eu sei que outras pessoas têm opiniões diferentes e este é um tema sensível e delicado," disse ele.

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