Mundo

Rival de Maduro na Venezuela diz que assinou documento sob 'coação' e o considera nulo

Urrutia, que está exilado na Espanha, se pronunciou em suas redes sociais sobre exposição de carta em que ele valida vitória de Maduro

Venezuela: líder opositor estava detido na residência do embaixador da Espanha em Caracas quando assinou o documento (AFP/AFP)

Venezuela: líder opositor estava detido na residência do embaixador da Espanha em Caracas quando assinou o documento (AFP/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 17h27.

Última atualização em 18 de setembro de 2024 às 17h28.

Tudo sobreVenezuela
Saiba mais

O líder opositor e candidato à presidência venezuelana Edmundo González Urrutia afirmou nesta quarta-feira, 18, que assinou um documento, antes de deixar a Venezuela, apresentado por representantes do governo de Nicolás Maduro sob a ameaça de que, se não o fizesse, teria que “arcar com as consequências”, uma “coação” que, em sua opinião, anula o texto.

O presidente do Parlamento da Venezuela, Jorge Rodríguez, mostrou nesta quarta uma carta assinada pelo candidato da oposição à presidência, na qual ele diz que acata a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de validar a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho. Urrutia, que está exilado na Espanha desde 8 de setembro, respondeu à exposição do documento por meio de um vídeo veiculado em suas redes sociais.

Pronunciamento nas redes sociais

O líder opositor explicou que, enquanto estava detido na residência do embaixador da Espanha em Caracas, foi-lhe apresentado um documento que ele deveria assinar para obter o salvo-conduto que lhe permitiria deixar a Venezuela para o exílio. Em sua mensagem, Urrutia relata o momento da assinatura: “horas muito tensas de coerção, chantagem e pressão” por parte do presidente do Parlamento e da vice-presidente do país, Delcy Rodríguez.

“Um documento produzido sob coação é viciado por nulidade absoluta devido a um aspecto grave de consentimento”, acrescentou. Urrutia criticou o regime de Maduro por “sempre recorrer a jogo sujo, chantagem e manipulação”, e prometeu que nunca trairia seus seguidores ou “ficaria calado”.

“O que deveriam divulgar são as atas da contagem de votos, a verdade é o que é e está nas atas que vocês estão tentando esconder. Vocês não vão silenciar um país que já se pronunciou”, concluiu.

Acompanhe tudo sobre:VenezuelaNicolás Maduro

Mais de Mundo

Israel anuncia corte no fornecimento de eletricidade para Gaza

Serviço Secreto americano dispara contra homem que portava arma perto da Casa Branca

Cuba enfrenta apagões simultâneos em 40% do país neste domingo, 9

Canadá define novo primeiro-ministro neste domingo, 9, em meio a tensão comercial com Trump