Risco de terrorismo nuclear centrará cúpula em Washington
A expectativa é que chefes de Estado e de governo e ministros conversem em particular sobre medidas para evitar que o EI tenha acesso a esses materiais
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2016 às 14h19.
Washington - A Cúpula de Segurança Nuclear que reunirá esta semana dezenas de líderes em Washington terá um objetivo principal: prevenir que os materiais necessários para construir uma arma atômica caiam nas mãos de grupos terroristas como o Estado Islâmico (EI), antecipou nesta segunda-feira uma fonte oficial dos Estados Unidos.
"A cúpula estará muito centrada na questão específica de prevenir um dos cenários mais aterrorizantes: a aquisição de materiais nucleares por terroristas para fabricar um dispositivo nuclear improvisado", disse o secretário adjunto de Estado dos EUA para a não-proliferação, Thomas Countryman.
A expectativa é que chefes de Estado e de governo e ministros dos mais de 50 países que participarão da cúpula nesta quinta e sexta-feira conversem em particular sobre medidas para evitar que o grupo jihadista EI tenha acesso a esses materiais.
"Não há dúvida que o EI gostaria de adquirir armas de destruição em massa", reconheceu Countryman em entrevista coletiva.
"Mas graças aos grandes passos dados por países da região (para proteger seus materiais nucleares) e à campanha militar da coalizão internacional, não há uma ameaça imediata de o EI tentar fabricar armas atômicas", acrescentou.
Em geral, as possibilidades de os materiais nucleares caírem nas mãos de terroristas "se reduziram nos últimos anos graças ao aumento da segurança" nos países que os abrigam, mas o secretário destacou que é necessária uma "vigilância contínua" em nível global para prevenir essa ameaça.
Ficarão fora do debate oficial na cúpula alguns temas de interesse mundial, como o acordo alcançado ano passado entre Irã e o G51 sobre seu programa atômico e as preocupações da comunidade internacional sobre o programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.
"A condenação unânime da comunidade internacional às provocações da Coreia do Norte se produz fora do processo da cúpula. É a ameaça mais ativa e provocativa para a segurança no sudeste asiático, mas não é o enfoque central da cúpula", indicou Countryman.
Mas esse tema deverá ser tratado nas reuniões paralelas à cúpula, como o encontro bilateral na quinta-feira entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o da China, Xi Jinping; além das reuniões marcadas para a presidente sul-coreana, Park Geun-hye.
Essa é a quarta Cúpula de Segurança Nuclear internacional, após a de 2010 em Washington, em Seul em 2012 e em Haia (na Holanda) em 2014.
Este ano haverá uma ausência notável entre os presentes, a Rússia, cujo Ministério das Relações Exteriores anunciou em janeiro que não participaria em protesto pelo que considera uma tentativa dos organizadores de interferir no trabalho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"A Rússia tomou sua própria decisão de não assistir à cúpula. É infeliz que a Rússia não vá estar, mas continuaremos trabalhando com eles" nos esforços de segurança nuclear e não-proliferação, afirmou hoje Bonnie Jenkins, coordenadora dos programas de redução de ameaças no Departamento de Estado dos EUA.
Washington - A Cúpula de Segurança Nuclear que reunirá esta semana dezenas de líderes em Washington terá um objetivo principal: prevenir que os materiais necessários para construir uma arma atômica caiam nas mãos de grupos terroristas como o Estado Islâmico (EI), antecipou nesta segunda-feira uma fonte oficial dos Estados Unidos.
"A cúpula estará muito centrada na questão específica de prevenir um dos cenários mais aterrorizantes: a aquisição de materiais nucleares por terroristas para fabricar um dispositivo nuclear improvisado", disse o secretário adjunto de Estado dos EUA para a não-proliferação, Thomas Countryman.
A expectativa é que chefes de Estado e de governo e ministros dos mais de 50 países que participarão da cúpula nesta quinta e sexta-feira conversem em particular sobre medidas para evitar que o grupo jihadista EI tenha acesso a esses materiais.
"Não há dúvida que o EI gostaria de adquirir armas de destruição em massa", reconheceu Countryman em entrevista coletiva.
"Mas graças aos grandes passos dados por países da região (para proteger seus materiais nucleares) e à campanha militar da coalizão internacional, não há uma ameaça imediata de o EI tentar fabricar armas atômicas", acrescentou.
Em geral, as possibilidades de os materiais nucleares caírem nas mãos de terroristas "se reduziram nos últimos anos graças ao aumento da segurança" nos países que os abrigam, mas o secretário destacou que é necessária uma "vigilância contínua" em nível global para prevenir essa ameaça.
Ficarão fora do debate oficial na cúpula alguns temas de interesse mundial, como o acordo alcançado ano passado entre Irã e o G51 sobre seu programa atômico e as preocupações da comunidade internacional sobre o programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.
"A condenação unânime da comunidade internacional às provocações da Coreia do Norte se produz fora do processo da cúpula. É a ameaça mais ativa e provocativa para a segurança no sudeste asiático, mas não é o enfoque central da cúpula", indicou Countryman.
Mas esse tema deverá ser tratado nas reuniões paralelas à cúpula, como o encontro bilateral na quinta-feira entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o da China, Xi Jinping; além das reuniões marcadas para a presidente sul-coreana, Park Geun-hye.
Essa é a quarta Cúpula de Segurança Nuclear internacional, após a de 2010 em Washington, em Seul em 2012 e em Haia (na Holanda) em 2014.
Este ano haverá uma ausência notável entre os presentes, a Rússia, cujo Ministério das Relações Exteriores anunciou em janeiro que não participaria em protesto pelo que considera uma tentativa dos organizadores de interferir no trabalho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"A Rússia tomou sua própria decisão de não assistir à cúpula. É infeliz que a Rússia não vá estar, mas continuaremos trabalhando com eles" nos esforços de segurança nuclear e não-proliferação, afirmou hoje Bonnie Jenkins, coordenadora dos programas de redução de ameaças no Departamento de Estado dos EUA.