Rio: pesquisa mostra que clima deve ser considerado em obras
Grandes obras no estado impulsionam o crescimento populacional em área com risco de inundações
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2011 às 11h48.
Rio de Janeiro – Megaempreendimentos governamentais e da iniciativa privada no Rio de Janeiro precisam com urgência investir na prevenção aos efeitos das mudanças climáticas. É o alerta do estudo divulgado hoje (7) Vulnerabilidade das MegaCidades Brasileiras às Mudanças Climáticas: Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A pesquisa aponta que investimentos como o Arco Rodoviário Metropolitano (obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que interliga a orla oriental da Baía da Guanabara), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), o Porto de Itaguaí e as grandes implantações minero-siderúrgicas da Baía de Sepetiba estimularam e vêm estimulando a expansão de loteamentos e o crescimento populacional em áreas com risco de inundações pela elevação do nível do mar.
Um dos coordenadores da pesquisa, o economista Sergio Besserman, do Instituto Pereira Passos, explicou que a presença desses projetos é importante economicamente para o Estado e que pode ser muito positiva para o Rio, se houver um plano de adaptação às mudanças climáticas.
“Estamos falando de empresas com grande capacidade logística, e os recursos de compensação ambiental são vultosos. Basta que parte dos recursos das empresas seja destinada à adaptação dos impactos das mudanças climáticas, sobretudo à proteção dos manguezais.”
O estudo mostra que a instalação do Comperj e a construção do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro podem prejudicar severamente os manguezais da zona oeste, na Bahia de Sepetiba, e de Guapimirim, sobretudo por causa das ocupações do solo de forma desordenada e irregular. “Sem a manutenção dos mangues e o desenvolvimento sustentável a vida e a competitividade das próprias empresas serão prejudicadas”, completou o pesquisador.
Os municípios localizados na parte leste da bacia da Baía de Guanabara combinam, simultaneamente áreas situadas na zona de risco de alagamentos (abaixo de 10 metros em relação ao nível médio atual do mar); com taxas de crescimento econômico e populacional acima da média dos municípios metropolitanos; e que abrigam o megainvestimento Comperj (com um orçamento de cerca de U$ 8,7 bilhões).
A pesquisa faz parte de um projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Universidade de Campinas (Unicamp), com financiamento da Embaixada Britânica. Participaram da pesquisa 29 colaboradores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fiocruz, do Instituto Pereira Passos e da Fundação GeoRio.
Rio de Janeiro – Megaempreendimentos governamentais e da iniciativa privada no Rio de Janeiro precisam com urgência investir na prevenção aos efeitos das mudanças climáticas. É o alerta do estudo divulgado hoje (7) Vulnerabilidade das MegaCidades Brasileiras às Mudanças Climáticas: Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A pesquisa aponta que investimentos como o Arco Rodoviário Metropolitano (obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que interliga a orla oriental da Baía da Guanabara), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), o Porto de Itaguaí e as grandes implantações minero-siderúrgicas da Baía de Sepetiba estimularam e vêm estimulando a expansão de loteamentos e o crescimento populacional em áreas com risco de inundações pela elevação do nível do mar.
Um dos coordenadores da pesquisa, o economista Sergio Besserman, do Instituto Pereira Passos, explicou que a presença desses projetos é importante economicamente para o Estado e que pode ser muito positiva para o Rio, se houver um plano de adaptação às mudanças climáticas.
“Estamos falando de empresas com grande capacidade logística, e os recursos de compensação ambiental são vultosos. Basta que parte dos recursos das empresas seja destinada à adaptação dos impactos das mudanças climáticas, sobretudo à proteção dos manguezais.”
O estudo mostra que a instalação do Comperj e a construção do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro podem prejudicar severamente os manguezais da zona oeste, na Bahia de Sepetiba, e de Guapimirim, sobretudo por causa das ocupações do solo de forma desordenada e irregular. “Sem a manutenção dos mangues e o desenvolvimento sustentável a vida e a competitividade das próprias empresas serão prejudicadas”, completou o pesquisador.
Os municípios localizados na parte leste da bacia da Baía de Guanabara combinam, simultaneamente áreas situadas na zona de risco de alagamentos (abaixo de 10 metros em relação ao nível médio atual do mar); com taxas de crescimento econômico e populacional acima da média dos municípios metropolitanos; e que abrigam o megainvestimento Comperj (com um orçamento de cerca de U$ 8,7 bilhões).
A pesquisa faz parte de um projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Universidade de Campinas (Unicamp), com financiamento da Embaixada Britânica. Participaram da pesquisa 29 colaboradores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fiocruz, do Instituto Pereira Passos e da Fundação GeoRio.