Mundo

Rio+20 terá 102 chefes de Estado e Governo

Na avaliação do secretário nacional de organização da conferência, ministro Laudemar Aguiar, os números indicam a relevância da conferência

Ele acrescentou que o espaço aéreo da região será fechado e que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) determinará, quando necessário, o desvio de aeronaves (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Ele acrescentou que o espaço aéreo da região será fechado e que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) determinará, quando necessário, o desvio de aeronaves (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 18h46.

Rio de Janeiro – A seis dias da entrega do Riocentro à Organização das Nações Unidas (ONU), que ficará responsável pelo local até o fim da Conferência sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, 102 chefes de Estado e de Governo confirmaram presença no evento, segundo o secretário nacional de organização da conferência, ministro Laudemar Aguiar.

Segundo ele, o encontro vai contar com delegações de 176 países, além de representantes de agências internacionais e de organismos da ONU. Na avaliação de Aguiar, os números indicam a relevância da conferência. “Não são só os números que definem a importância de uma conferência, mas os que temos dão uma indicação da importância que [a Rio+20] terá. Todos os países-membros da ONU confirmaram presença com algum tipo de delegação. Com esses números, [a conferência] já é um sucesso e estamos fazendo tudo para que tenha o maior êxito possível”, disse hoje (30) o ministro, em entrevista coletiva no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro, para apresentar as instalações do evento.

Aguiar lembrou que, a partir do dia 5 de junho, o Riocentro passará a ser perímetro das Nações Unidas, que ficará responsável por coordenar o espaço e terá apoio do governo brasileiro em questões logísticas, de estrutura e de segurança. Ele destacou que o local tem capacidade para receber até 38 mil pessoas diariamente, incluindo as 5 mil que trabalharão durante o evento em diversos setores, como organização e segurança.

“Para se ter uma ideia da dimensão e da importância da Rio+20 para a cidade e para o país, só aqui, no Riocentro, a área construída é quase o dobro da área da Rio92, quando havia três pavilhões e uma tenda temporária. Hoje, são cinco pavilhões e mais de 27 mil metros de tendas temporárias para abrigar o evento apenas no Riocentro”, disse, acrescentando que, somente no centro de convenções, a área construída tem cerca de 100 mil metros quadrados.

O secretário de organização da Rio+20 disse, ainda, que está sendo montado no local, por onde devem passar jornalistas de várias partes do mundo, um centro de imprensa com 8 mil metros quadrados e capacidade para abrigar, ao mesmo tempo, mais de mil pessoas.


O general Otávio Rego Barros, comandante da 4º Brigada, em Juiz de Fora, e responsável pelas tropas brasileiras que vão atuar no Riocentro durante a Rio+20, informou que cerca de 2 mil homens, entre militares das Forças Armadas, agentes e delegados da Polícia Federal, equipes do Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e Polícia Militar, trabalharão nos dias do evento. Eles apoiarão as Nações Unidas, que ficarão responsáveis pela segurança do local a partir do dia 5.

Segundo ele, o plano de atuação será suficiente para garantir a segurança de todos os participantes. “Todos os cuidados referentes à segurança estão sendo tomadas e envolvem questões de varredura, credenciamento, controle de acesso dos fornecedores, entre outros. É um conjunto de planos que vai prover a segurança total, seja das delegações, de chefes de Estado e de tantas outras pessoas que vierem à conferência”, disse.

O general destacou que os profissionais da imprensa, por exemplo, para terem acesso ao Riocentro, passarão por várias barreiras de segurança que contarão com equipamentos nacionais e importados, como detectores de raio X, de elementos químicos, radiológicos e biológicos.

Ele acrescentou que o espaço aéreo da região será fechado e que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) determinará, quando necessário, o desvio de aeronaves.

A chefe da Divisão de Temas Emergentes do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, Kathleen Abdalla, que também participou da apresentação do local de realização da Rio+20, disse estar satisfeita com a preparação da capital fluminense para sediar a conferência. Ela destacou que a Rio+20 será uma “boa oportunidade” para países avaliarem seus esforços na implementação da Agenda 21, um dos principais resultados da conferência Rio92.

“Se olharmos para trás, para a Agenda 21, veremos que muita coisa foi feita, mas ainda temos grandes objetivos que ainda não foram alcançados. A conferência será uma boa oportunidade para países-membros negociarem, mas também para verem o que funcionou e o que não funcionou e o que vão fazer para avançar no assunto”, avaliou.

Acompanhe tudo sobre:Meio ambienteONURio+20Sustentabilidade

Mais de Mundo

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Discurso de Trump não empolga e foco volta para possível saída de Biden; veja episódio

Telão da Times Square fica escuro após apagão cibernético; veja vídeo

Mais na Exame