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Revelações sobre Iraque teria deixado exército perplexo

Segundo general da reserva, Exército ficou perplexo quando o WikiLeaks publicou mais de 700 mil documentos vazados pelo soldado Bradley Manning

Bradley Manning deixa o tribunal após ouvir o veredito: soldado foi condenado por 19 acusações referentes às revelações de 2010 (Saul Loeb/AFP)
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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 19h55.

Fort Meade - O Exército dos EUA ficou perplexo quando o WikiLeaks publicou mais de 700 mil documentos oficiais sigilosos vazados pelo soldado Bradley Manning, disse um general da reserva em depoimento durante a fase de definição da sentença contra ele.

"Os que foram um golpe na nossa cara foram os registros do Iraque", disse o general da reserva Robert Carr no quartel Fort Meade, em Maryland, onde ocorre a corte marcial de Manning. "Ninguém nunca havia tido de lidar com esse número de documentos." Na terça-feira, o soldado foi condenado por 19 acusações referentes às revelações de 2010, maior vazamento de informações sigilosas na história dos EUA. Manning havia tido acesso a esse material quando trabalhava como analista de inteligência de baixo escalão no Iraque.

O promotor militar Ashden Fein disse na audiência que os vazamentos "impactaram todo o sistema" de concessão de acesso a informações sigilosas para os analistas de defesa de baixa patente.

Manning, de 25 anos, foi absolvido da acusação mais grave, a de auxiliar o inimigo, que poderia levá-lo à prisão perpétua. Mesmo assim, ele pode passar décadas numa prisão militar.

Advogados do soldado devem argumentar que o objetivo dele ao divulgar o material não era colocar em risco a segurança dos EUA. Manning não depôs pessoalmente no processo.

Entre os materiais entregues por Manning ao WikiLeaks está um vídeo de 2007 que mostra o ataque de um helicóptero Apache dos EUA que matou 12 pessoas em Bagdá, incluindo dois funcionários da Reuters. Havia também milhares de comunicados diplomáticos, e detalhes secretos sobre prisioneiros detidos na base naval norte-americana de Guantánamo, encravada em Cuba.

Analistas dizem que a condenação de Manning pode desestimular outras pessoas de colaborarem com o WikiLeaks. Ativistas alegam que Manning prestou um serviço relevante ao ajudar a revelar as práticas obscuras dos militares dos EUA no Iraque e Afeganistão.

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"Os que foram um golpe na nossa cara foram os registros do Iraque", disse o general da reserva Robert Carr no quartel Fort Meade, em Maryland, onde ocorre a corte marcial de Manning. "Ninguém nunca havia tido de lidar com esse número de documentos." Na terça-feira, o soldado foi condenado por 19 acusações referentes às revelações de 2010, maior vazamento de informações sigilosas na história dos EUA. Manning havia tido acesso a esse material quando trabalhava como analista de inteligência de baixo escalão no Iraque.

O promotor militar Ashden Fein disse na audiência que os vazamentos "impactaram todo o sistema" de concessão de acesso a informações sigilosas para os analistas de defesa de baixa patente.

Manning, de 25 anos, foi absolvido da acusação mais grave, a de auxiliar o inimigo, que poderia levá-lo à prisão perpétua. Mesmo assim, ele pode passar décadas numa prisão militar.

Advogados do soldado devem argumentar que o objetivo dele ao divulgar o material não era colocar em risco a segurança dos EUA. Manning não depôs pessoalmente no processo.

Entre os materiais entregues por Manning ao WikiLeaks está um vídeo de 2007 que mostra o ataque de um helicóptero Apache dos EUA que matou 12 pessoas em Bagdá, incluindo dois funcionários da Reuters. Havia também milhares de comunicados diplomáticos, e detalhes secretos sobre prisioneiros detidos na base naval norte-americana de Guantánamo, encravada em Cuba.

Analistas dizem que a condenação de Manning pode desestimular outras pessoas de colaborarem com o WikiLeaks. Ativistas alegam que Manning prestou um serviço relevante ao ajudar a revelar as práticas obscuras dos militares dos EUA no Iraque e Afeganistão.

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