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Responsáveis por roubar prova em Cuba são condenados

Responsáveis por fraude acadêmica que causou anulação de vestibular em Cuba foram condenados a 8 anos de prisão


	Mulher passa por uma bandeira de Cuba
 (Spencer Platt/Getty Images)

Mulher passa por uma bandeira de Cuba (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 12h06.

Havana - Os responsáveis por uma fraude acadêmica que causou a anulação de um vestibular em Cuba em maio foram condenados a penas que chegam a oito anos de prisão por um tribunal de Havana, informou nesta terça-feira a imprensa oficial.

A promotoria considerou sete pessoas culpadas, um funcionário de gráfica e seis docentes que trabalhavam com educação pré-universitária em Havana, pelos crimes de "furto, revelação de provas para a avaliação docente e atividades econômicas ilícitas".

A maior condenação, de oito anos de prisão, foi para o funcionário de uma gráfica do Ministério da Educação Superior que "se apropriou de vários exemplares das provas correspondentes às disciplinas de matemática, espanhol e história e as vendeu para outras pessoas no valor total de 180 pesos conversíveis (US$ 180)", publicou o jornal "Granma".

Três professores de institutos pré-universitários que comercializaram e ajudaram seus alunos a resolverem as provas foram condenados a penas de quatro e três anos de prisão.

Outros três receberam penas de seis meses a um ano, e de dois anos e meio, entre eles um professor e uma matemática que usaram o exame para beneficiar seus próprios filhos.

Contra os seis professores, o tribunal também argumentou que "se dedicavam a repassar sem autorização a grupos de estudantes as provas de entrada à educação superior, de quem cobravam somas de dinheiro em moeda livremente conversível".

"O tribunal impôs a todos os acusados as sanções de privação de direitos públicos, a proibição do exercício da profissão para os vinculados à atividade docente e estabeleceu as proibições migratórias pertinentes", acrescentou o "Granma".

O jornal lembrou hoje que por causa da fraude o Ministério da Educação teve novas despesas por ter de repetir o exame de matemática, modificar as provas de espanhol e de história, e variar os questionários de outras convocações.

O conhecimento desta fraude no vestibular escandalizou a opinião pública em Cuba. Ano passado a imprensa oficial revelou um caso semelhante em que dois professores de um instituto e uma funcionária de gráfica roubaram uma prova, também de matemática, e a venderam para estudantes.

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