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Responsáveis por desabamento poderão pegar prisão perpétua

A comissão de investigação recomendou que os donos do imóvel e das fábricas sejam condenados por homicídio culposo

Equipes de resgate trabalham nos escombros do prédio em Bangladesh: 1.127 pessoas morreram no desabamento (Munir Uz Zaman/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 13h21.

Nova Délhi - A comissão de investigação do edifício de oficinas têxteis cujo desabamento causou a morte de 1.127 pessoas recomendou às autoridades de Bangladesh a acusarem de homicídio culposos - sem intenção de matar - os donos do imóvel e das fábricas, o que poderia acarretar em prisão perpétua, informou nesta quinta-feira uma fonte oficial à Agência Efe.

O relatório de 400 páginas sobre o desabamento do edifício em Savar, cidade próxima a Daca, no último dia 24 de abril, atribui a tragédia à má construção do imóvel e à péssima qualidade dos materiais utilizados.

"Eles violaram todas as normas de construção do país", afirmou à Agência Efe Uddin Khandaker, funcionário do Ministério do Interior que dirige a investigação.

O edifício foi idealizado como um centro comercial, mas acabou sendo usado industrialmente com maquinaria têxtil e geradores elétricos com várias toneladas de peso, cujas vibrações debilitavam as estruturas do imóvel, explicou Khandaker.

Apesar de o edifício ter licença de construção para seis plantas, o dono do mesmo, identificado como Sohel Rã, o construiu com oito e, inclusive, estava construindo o nono.


Além disso, os donos teriam obrigado os trabalhadores a entrarem no complexo, mesmo com uma interdição apresentada no dia anterior. "Obrigaram eles a trabalhar mesmo com todos os sinais de perigo", afirmou Kandhaker.

Os donos do edifício e os proprietários das cinco oficinas têxteis, que já se encontram detidos, poderiam ser condenados a prisão perpétua caso sejam considerados culpados.

A tragédia evidenciou as péssimas condições trabalhistas dos no setor têxtil e desencadeou uma série de medidas por parte das autoridades. O governo do país anunciou que aumentará o salário mínimo e permitirá a criação de sindicatos no setor sem a permissão dos donos das fábricas, como era tipificado até agora na lei laboral.

Inditex, H&M, PVH, Tchibo C&A e Primark, entre outras empresas que produzem no país asiático, se comprometeram a assinar um Acordo sobre Segurança e Contra Incêndios, promovido junto com o sindicato global UNI, para evitar novas tragédias deste tipo.

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O relatório de 400 páginas sobre o desabamento do edifício em Savar, cidade próxima a Daca, no último dia 24 de abril, atribui a tragédia à má construção do imóvel e à péssima qualidade dos materiais utilizados.

"Eles violaram todas as normas de construção do país", afirmou à Agência Efe Uddin Khandaker, funcionário do Ministério do Interior que dirige a investigação.

O edifício foi idealizado como um centro comercial, mas acabou sendo usado industrialmente com maquinaria têxtil e geradores elétricos com várias toneladas de peso, cujas vibrações debilitavam as estruturas do imóvel, explicou Khandaker.

Apesar de o edifício ter licença de construção para seis plantas, o dono do mesmo, identificado como Sohel Rã, o construiu com oito e, inclusive, estava construindo o nono.


Além disso, os donos teriam obrigado os trabalhadores a entrarem no complexo, mesmo com uma interdição apresentada no dia anterior. "Obrigaram eles a trabalhar mesmo com todos os sinais de perigo", afirmou Kandhaker.

Os donos do edifício e os proprietários das cinco oficinas têxteis, que já se encontram detidos, poderiam ser condenados a prisão perpétua caso sejam considerados culpados.

A tragédia evidenciou as péssimas condições trabalhistas dos no setor têxtil e desencadeou uma série de medidas por parte das autoridades. O governo do país anunciou que aumentará o salário mínimo e permitirá a criação de sindicatos no setor sem a permissão dos donos das fábricas, como era tipificado até agora na lei laboral.

Inditex, H&M, PVH, Tchibo C&A e Primark, entre outras empresas que produzem no país asiático, se comprometeram a assinar um Acordo sobre Segurança e Contra Incêndios, promovido junto com o sindicato global UNI, para evitar novas tragédias deste tipo.

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