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Republicanos propõem via para cidadania a jovens imigrantes

O Daca foi promulgado por decreto em 2012 por Obama e serviu para conter a deportação de 750 mil jovens imigrantes ilegais que chegaram crianças aos EUA

Imigração: eles tentam convencer o atual presidente dos EUA, Donald Trump, de que a proposta é boa (Samantha Sais/Reuters)

Imigração: eles tentam convencer o atual presidente dos EUA, Donald Trump, de que a proposta é boa (Samantha Sais/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de março de 2017 às 22h05.

Washington - Ao menos dez congressistas republicanos apresentaram um projeto de lei na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos para oferecer um caminho à cidadania aos jovens imigrantes ilegais que chegaram ao país com 16 anos ou menos antes de janeiro de 2012.

"Reconhecendo as Crianças dos EUA (RAC) é uma iniciativa dos congressistas Carlos Curbelo (Flórida) e Mike Coffman (Colorado), que busca dar um status legal aos imigrantes ilegais trazidos crianças aos EUA", informou em comunicado o escritório de Coffman.

Os dois congressistas, que dependem do voto latino em seus distritos, já tinham apresentado a medida em junho do ano passado.

Agora, eles tentam convencer o atual presidente dos EUA, Donald Trump, de que a proposta é boa, já que o presidente ainda não citou o Programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca), apesar das críticas feitas ao projeto durante a campanha.

O Daca foi promulgado por decreto em 2012 pelo ex-presidente Barack Obama e serviu para conter a deportação de 750 mil jovens imigrantes ilegais que chegaram ao país quando crianças.

Trump reconheceu que a situação desses jovens é um dos temas mais difíceis com os quais terá que lidar e prometeu fazê-lo "com o coração".

O projeto de lei dos republicanos oferece três caminhos para que esses jovens, depois de aprovados pelo Departamento de Segurança Nacional para iniciar o processo, possam permanecer no país, obter um visto de residência permanente e, eventualmente, a cidadania.

Para obter um status legal permanente de cinco anos, os jovens que chegaram aos EUA com 16 anos ou menos antes de janeiro de 2012 devem optar por um dos três caminhos: a educação superior, as Forças Armadas ou trabalhar com a autorização do governo.

"Temos que fazer o correto, deixar o partidarismo de lado. Assim como temos que fazer com a saúde. Precisamos fazer o correto para esses jovens que, na minha avaliação, já são americanos. Só temos que reconhecê-los", disse Curbelo em entrevista à "CNN".

O congressista disse que há um "consenso crescente" dentro do Partido Republicano para dar a esses jovens imigrantes ilegais um caminho para conseguir a cidadania.

"Crianças de três, quatro, cinco anos, trazidos através da fronteira, não violaram nenhuma lei. Muitos deles só falam inglês, não se lembram de seus países de origem porque eram muito pequenos quando chegaram", indicou o congressista.

No último dia 12 de janeiro, o senador republicano Lindsey Graham e o democrata Dick Durbin apresentaram pela segunda vez uma lei batizada com o acrônimo Brigde (ponte), que também busca proteger esses jovens da deportação, concedendo licenças de trabalho.

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