OBAMA: classificando o capitalismo como o maior impulsionador de prosperidade que o mundo já conheceu, o presidente argumentou que o comércio mais ajudou a economia dos EUA / Joshua Roberts/ Reuters
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2016 às 19h00.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h29.
Republicanos por Hillary
Após a polêmica envolvendo as declarações de Donald Trump sobre o soldado Humayun Khan, morto no Iraque em 2004, seu comitê de campanha enviou mensagens a líderes republicanos no Congresso pedindo a eles que se posicionassem a favor do magnata, segundo fontes revelaram à Reuters nesta terça-feira. Não deu muito certo: três congressistas republicanos já declararam que votarão em Hillary. O deputado Richard Hanna, de Nova York, justificou seu voto dizendo que “Trump é uma vergonha nacional”.
–
Buffett apoia democratas
A semana de fato não anda boa para Trump: além das críticas feitas por seu próprio partido, o bilionário investidor Warren Buffett fez campanha na noite de segunda-feira ao lado de Hillary Clinton em Nebraska, declarando seu apoio à candidata democrata. Buffett ainda questionou o fato de Trump não liberar detalhes de suas contas — o magnata alega que não pode fazê-lo antes de passar por uma auditoria. O investidor acusou Trump de estar “com medo” de que os números desmintam seu dito sucesso empresarial. Por não ter carreira política, Trump usa seu sucesso nos negócios como uma das maiores armas na campanha.
–
Obama e o TPP
Em coletiva ao lado do primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, que visita a Casa Branca, o presidente Barack Obama voltou a defender a Parceria Transpacífica (o chamado TPP), um tratado comercial entre países da Ásia, da América do Norte e da América do Sul. O acordo é criticado por Donald Trump, Bernie Sanders e até mesmo por Hillary Clinton, que afirmam que a redução das barreiras comerciais poderia diminuir as oportunidades de emprego nos Estados Unidos. Para Obama, o medo das pessoas é “legítimo”, mas “levantar a ponte dobradiça” e dar as costas ao comércio global prejudicaria ainda mais o trabalhador americano.
–
Incentivos de Abe
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, liberou nesta terça-feira um pacote no valor de 13,5 trilhões de ienes (cerca de 132 bilhões de dólares) para alavancar a economia do país e tentar fugir da deflação. “Com esse pacote, queremos não só estimular o consumo mas obter um crescimento sustentável por meio da demanda privada”, disse. O montante será usado em investimentos públicos e em parcerias público-privadas, e é a primeira parte dos 256 bilhões de dólares prometidos pelo premiê na última semana — um reflexo de sua política de incentivos conhecida popularmente como Abenomics.
–
Sem acordo na Espanha
As duas principais legendas espanholas seguem sem chegar a um acordo para eleger um novo primeiro-ministro no país: após reunião nesta terça-feira, Pedro Sanchéz, do partido de centro-esquerda PSOE, recusou a proposta de coalizão do atual premiê, Mariano Rajoy, do conservador PP. Embora tenha sido o primeiro colocado nas eleições parlamentares, o PP não obteve maioria suficiente para governar sozinho. Como o sistema parlamentarista obriga a convocação de novas eleições caso as legendas não cheguem a um consenso, os espanhóis podem ter sua terceira eleição em menos de um ano — os partidos não chegaram a nenhum acordo após as votações de dezembro e junho.
–
Venezuela: “direita extremista”
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela divulgou um comunicado sobre as “artimanhas da direita extremista” da América do Sul para impedir o país de assumir a presidência rotativa do Mercosul. A nota foi publicada logo após o chanceler brasileiro, José Serra, enviar carta aos outros membros do bloco — Paraguai, Argentina e Uruguai — afirmando que considerava a presidência “vaga” devido à falta de consenso sobre permitir ou não que a Venezuela assumisse. O Paraguai é o principal atuante contra passar o bastão aos venezuelanos, pois afirma que o governo de Nicolás Maduro vem agindo de forma antidemocrática e tentando fechar o Parlamento do país.
–
Instagram copia Snapchat?
O aplicativo de fotos Instagram liberou nesta terça-feira uma atualização que permite aos usuários mandar imagens que somem após 24 horas — o mesmo sistema criado e popularizado por outro aplicativo, o Snapchat. As chamadas “Instagram Stories” causaram polêmica, e o aplicativo vem sendo acusado por usuários de copiar deliberadamente o Snapchat. Dono do Instagram desde 2012, após uma aquisição de 1 bilhão de dólares, o Facebook já havia tentado comprar o Snapchat por 3 bilhões em 2013, mas teve a oferta rejeitada — hoje, o Snapchat vale mais de 20 bilhões e vem se tornando uma das redes sociais mais populares entre os jovens.
–
P&G e Pfizer surpreendem
A farmacêutica Pfizer divulgou resultados trimestrais melhores do que o esperado nesta terça-feira: o faturamento cresceu 11% em relação ao mesmo período do ano passado, saltando para 13,15 bilhões de dólares. Vendas de genéricos e de remédios patenteados também cresceram — resultado da aquisição da fabricante de genéricos Hospira no ano passado. Outra que superou as expectativas é a fabricante de cosméticos Procter & Gamble: a queda de 2,8% no faturamento — que foi de 16,5 para 16,1 bilhões de dólares — foi quase meio bilhão inferior ao esperado. A queda das vendas na China, segundo maior mercado da empresa, também foi menor do que o previsto.