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República Democrática do Congo repele ataque na capital

Segundo autoridades, ações pode ter sido de seguidores do líder religioso Paul Joseph Mukungubila

Forças de segurança congolensas durante operação para reprimir um ataque próximo a sede da TV estatal, em Kinshasa (Jean Robert NKengo/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 15h15.

Kinshasa - Soldados da República Democrática do Congo repeliram nesta segunda-feira ataques contra o aeroporto, uma instalação militar e a sede da TV estatal em Kinshasa, o que, segundo autoridades, pode ter sido uma ação de seguidores do líder religioso Paul Joseph Mukungubila.

Antes que a transmissão da TV estatal fosse retirada do ar, os agressores gritaram uma suposta mensagem contra o presidente Joseph Kabila, que assumiu o poder em 2001 depois do assassinato do seu pai, Laurent.

Lambert Mende, porta-voz do governo, disse que 40 dos 70 agressores haviam sido mortos. "Temos total controle da situação", afirmou.

"Os agressores se apresentaram como apoiadores de Mukungubila. Estamos checando isso porque pode ter sido uma tentativa de nos enganar." Ele acrescentou que não houve mortos entre civis e tropas do governo.

Os aliados de Kabila disseram que o ataque foi realizado por jovens em roupas civis, sem organização e com armamento antigo. A ação teria parecido mais uma mensagem política do que uma tentativa séria de tomar o poder numa cidade de mais de 9 milhões de pessoas.

A República Democrática do Congo, país africano de grande território, se esforça para se reerguer de décadas de violência e instabilidade, particularmente no leste, região rica em minerais. O país abriga uma missão de paz de 21 mil homens da Organização das Nações Unidas.

Logo depois dos confrontos em Kinshasa, o Exército trocou tiros com os seguidores de Mukungubila na província de Katanga, 2.400 quilômetros ao sudeste, perto da fronteira com a Zâmbia.

Testemunhas afirmaram que o combate começou depois que soldados atacaram a igreja de Mukungubila na capital regional de Lubumbashi, mas a calma teria voltado rápido ao local.

Em Kinshasa, os agressores armados tomaram por um breve período a sede da TV e da rádio estatal e fizeram vários jornalistas reféns. Testemunhas também relataram tiros num campo militar perto do Ministério da Defesa e no aeroporto.

"Mukungubila veio libertar vocês da escravidão dos ruandeses", disse a mensagem divulgada na TV estatal, de acordo com um repórter da Reuters que viu a gravação da transmissão. Ao fundo uma voz disse: "Kabila, está acabado para ele a partir de hoje".

Mukungubila perdeu as eleições presidenciais para Kabila em 2006. Os opositores do presidente, que estudou na Tanzânia e em Uganda, costumam acusá-lo de ser um estrangeiro para atingir a sua reputação.

Mukungubila é um crítico do acordo de paz assinado neste mês com o grupo rebelde M23, liderado pela etnia tutsi, acusando o governo de Kabila de ceder diante dos interesses do grupo e da pressão da vizinha Ruanda.

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Kinshasa - Soldados da República Democrática do Congo repeliram nesta segunda-feira ataques contra o aeroporto, uma instalação militar e a sede da TV estatal em Kinshasa, o que, segundo autoridades, pode ter sido uma ação de seguidores do líder religioso Paul Joseph Mukungubila.

Antes que a transmissão da TV estatal fosse retirada do ar, os agressores gritaram uma suposta mensagem contra o presidente Joseph Kabila, que assumiu o poder em 2001 depois do assassinato do seu pai, Laurent.

Lambert Mende, porta-voz do governo, disse que 40 dos 70 agressores haviam sido mortos. "Temos total controle da situação", afirmou.

"Os agressores se apresentaram como apoiadores de Mukungubila. Estamos checando isso porque pode ter sido uma tentativa de nos enganar." Ele acrescentou que não houve mortos entre civis e tropas do governo.

Os aliados de Kabila disseram que o ataque foi realizado por jovens em roupas civis, sem organização e com armamento antigo. A ação teria parecido mais uma mensagem política do que uma tentativa séria de tomar o poder numa cidade de mais de 9 milhões de pessoas.

A República Democrática do Congo, país africano de grande território, se esforça para se reerguer de décadas de violência e instabilidade, particularmente no leste, região rica em minerais. O país abriga uma missão de paz de 21 mil homens da Organização das Nações Unidas.

Logo depois dos confrontos em Kinshasa, o Exército trocou tiros com os seguidores de Mukungubila na província de Katanga, 2.400 quilômetros ao sudeste, perto da fronteira com a Zâmbia.

Testemunhas afirmaram que o combate começou depois que soldados atacaram a igreja de Mukungubila na capital regional de Lubumbashi, mas a calma teria voltado rápido ao local.

Em Kinshasa, os agressores armados tomaram por um breve período a sede da TV e da rádio estatal e fizeram vários jornalistas reféns. Testemunhas também relataram tiros num campo militar perto do Ministério da Defesa e no aeroporto.

"Mukungubila veio libertar vocês da escravidão dos ruandeses", disse a mensagem divulgada na TV estatal, de acordo com um repórter da Reuters que viu a gravação da transmissão. Ao fundo uma voz disse: "Kabila, está acabado para ele a partir de hoje".

Mukungubila perdeu as eleições presidenciais para Kabila em 2006. Os opositores do presidente, que estudou na Tanzânia e em Uganda, costumam acusá-lo de ser um estrangeiro para atingir a sua reputação.

Mukungubila é um crítico do acordo de paz assinado neste mês com o grupo rebelde M23, liderado pela etnia tutsi, acusando o governo de Kabila de ceder diante dos interesses do grupo e da pressão da vizinha Ruanda.

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