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Renzi estabilidade na Líbia para amenizar imigração

Segundo Renzi, não se pode fechar os olhos diante dos acontecimentos e a crise humanitária deve ter uma resposta não só por parte de Itália e Malta

Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano: "a intervenção na Líbia não está em pauta, mas é preciso ajudar a garantir a estabilidade no país" (Andreas Solaro/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 12h56.

Roma - O primeiro-ministro da Itália , Matteo Renzi, pediu nesta segunda-feira que a União Europeia (UE) dê uma resposta conjunta em relação à imigração e se mostrou a favor de garantir a estabilidade na Líbia para amenizar o problema.

"A intervenção na Líbia não está em pauta, mas é preciso ajudar a garantir a estabilidade no país", disse em entrevista coletiva no Palazzo Chigi, sede do Executivo, junto ao primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat.

Segundo Renzi, "não se pode fechar os olhos diante do que está acontecendo. A crise humanitária deve ter uma resposta não só por parte de Itália e Malta. O que Itália e Malta estão fazendo tem que se tornar uma prioridade comunitária", disse.

Para o primeiro-ministro, "a Itália está fazendo todo o possível para salvar pelo menos uma vida humana", em referência ao último naufrágio de uma embarcação no Canal da Sicília, no domingo, no qual morreram entre 700 e 950 pessoas.

Renzi chamou a atenção para o problema dos traficantes de pessoas, que, segundo ele, "não são só delinquentes, mas membros de organizações criminosas" contra as quais a Europa deve agir.

"Estamos na presença de organizações criminosas que estão fazendo negócio, ganhando dinheiro e, sobretudo, que estão roubando muitas vidas", enfatizou.

A opinião de Renzi é que a UE não pode "consentir que se comercialize vidas humanas" e deve iniciar operações para acabar com esse tipo de prática.

"Isso é o que pedimos à comunidade internacional, que trate como prioridade o fato de poder garantir que esses criminosos respondam à Justiça Internacional", afirmou.

O primeiro-ministro italiano considerou fundamental que a Europa demonstre nos próximos dias que "o continente não pode aceitar que irmãos e irmãs sejam trancados em navios, em mãos de traficantes e destinados a tragédias" como a que ocorreu no domingo.

O representante de Malta, Joseph Muscat, considerou que "esse é o momento de a Europa se reunir" e dar uma resposta a "um problema internacional de proporções quase nunca vistas".

"A Itália está fazendo tudo o que pode fazer, acho que não poderia salvar uma vida a mais se fizesse algo diferente como o que está fazendo atualmente", reconheceu.

Para Muscat, a última tragédia nas águas do Canal da Sicília, na qual apenas 28 pessoas foram socorridas, "é uma questão que mudou as cartas sobre a mesa".

Muscat também condenou que, se a Europa não agir para conter essas mortes, "a história a julgará muito duramente".

O governo italiano informou nesta segunda-feira que representantes da Guarda Costeira italiana e de Malta trabalham para socorrer duas embarcações em dificuldade em frente ao litoral da Líbia.

As barcas emitiram o sinal de alarme ao ficarem à deriva a apenas 30 milhas do litoral da Líbia. Uma delas é ocupada por entre 100 e 150 pessoas, já a outra conta com aproximadamente 300 imigrantes a bordo.

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Roma - O primeiro-ministro da Itália , Matteo Renzi, pediu nesta segunda-feira que a União Europeia (UE) dê uma resposta conjunta em relação à imigração e se mostrou a favor de garantir a estabilidade na Líbia para amenizar o problema.

"A intervenção na Líbia não está em pauta, mas é preciso ajudar a garantir a estabilidade no país", disse em entrevista coletiva no Palazzo Chigi, sede do Executivo, junto ao primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat.

Segundo Renzi, "não se pode fechar os olhos diante do que está acontecendo. A crise humanitária deve ter uma resposta não só por parte de Itália e Malta. O que Itália e Malta estão fazendo tem que se tornar uma prioridade comunitária", disse.

Para o primeiro-ministro, "a Itália está fazendo todo o possível para salvar pelo menos uma vida humana", em referência ao último naufrágio de uma embarcação no Canal da Sicília, no domingo, no qual morreram entre 700 e 950 pessoas.

Renzi chamou a atenção para o problema dos traficantes de pessoas, que, segundo ele, "não são só delinquentes, mas membros de organizações criminosas" contra as quais a Europa deve agir.

"Estamos na presença de organizações criminosas que estão fazendo negócio, ganhando dinheiro e, sobretudo, que estão roubando muitas vidas", enfatizou.

A opinião de Renzi é que a UE não pode "consentir que se comercialize vidas humanas" e deve iniciar operações para acabar com esse tipo de prática.

"Isso é o que pedimos à comunidade internacional, que trate como prioridade o fato de poder garantir que esses criminosos respondam à Justiça Internacional", afirmou.

O primeiro-ministro italiano considerou fundamental que a Europa demonstre nos próximos dias que "o continente não pode aceitar que irmãos e irmãs sejam trancados em navios, em mãos de traficantes e destinados a tragédias" como a que ocorreu no domingo.

O representante de Malta, Joseph Muscat, considerou que "esse é o momento de a Europa se reunir" e dar uma resposta a "um problema internacional de proporções quase nunca vistas".

"A Itália está fazendo tudo o que pode fazer, acho que não poderia salvar uma vida a mais se fizesse algo diferente como o que está fazendo atualmente", reconheceu.

Para Muscat, a última tragédia nas águas do Canal da Sicília, na qual apenas 28 pessoas foram socorridas, "é uma questão que mudou as cartas sobre a mesa".

Muscat também condenou que, se a Europa não agir para conter essas mortes, "a história a julgará muito duramente".

O governo italiano informou nesta segunda-feira que representantes da Guarda Costeira italiana e de Malta trabalham para socorrer duas embarcações em dificuldade em frente ao litoral da Líbia.

As barcas emitiram o sinal de alarme ao ficarem à deriva a apenas 30 milhas do litoral da Líbia. Uma delas é ocupada por entre 100 e 150 pessoas, já a outra conta com aproximadamente 300 imigrantes a bordo.

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