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Projetos de armas americanas são hackeados por chineses

De acordo com um relatório preparado pelo Pentágono, as violações fariam parte de uma ampla campanha chinesa de espionagem

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 14h36.

Washington - Oficiais dos Estados Unidos e empresas de defesa constataram que hackers chineses violaram redes que continham projetos de vários sistemas de armas avançadas do governo americano, informou o jornal Washington Post nesta terça-feira.

De acordo com um relatório preparado pelo Pentágono, as violações fariam parte de uma ampla campanha chinesa de espionagem das empresas terceirizadas de defesa e das agências do governo norte-americano.

O Conselho de Defesa da Ciência, um grupo consultivo de grande influência que conta com representantes do governo e especialistas civis, teria informado que os violadores recolheram dados de projetos de mais de vinte sistemas de armas, fundamentais para mísseis de defesa, aviões de combate e navios dos Estados Unidos.

O relatório do Pentágono havia parado de acusar os chineses pelo roubo dos projetos, mas as conclusões ajudam a explicar o aumento dos avisos dos EUA ao governo chinês.

O Pentágono não acusa os chineses de roubar os projetos, mas as conclusões ajudam a explicar as advertências dos Estados Unidos ao governo chinês.

O jornal divulgou que as conclusões fazem parte de uma seção que não havia sido revelada de um relatório confidencial preparado pelo Conselho de Defesa da Ciência. De acordo com o documento, a invasão fez com que a China conseguisse acesso a tecnologia avançada, o que poderia enfraquecer a vantagem militar americana no caso de um conflito entre as potências.


A versão pública do relatório, divulgada em janeiro, indica que os Estados Unidos estão mal preparados em caso de uma guerra cibernética de larga escala.

Se o relatório estiver correto, "significa que as Forças Armadas dos Estados Unidos estão menos eficientes e que os chineses estão mais eficientes. Isso mexe com a balança", afirmou James Lewis, especialista em cibersegurança do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Lewis disse que não está claro quando a invasão ocorreu, mas observou que "as pessoas acordaram para a questão nos últimos dois anos e isso dificultou a situação. Entre 1999 e 2009, havia uma porta aberta para a (ciber) espionagem chinesa", explicou.

De acordo com o jornal da capital americana, os sistemas que tiveram seus projetos roubados incluem alguns elaborados pelas maiores empresas terceirizadas da área de defesa, incluindo a Boeing, a Lockheed Martin, a Raytheon e a Northrop Grumman.

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