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Relações China-EUA são decisivas para 'futuro' da humanidade, diz Xi Jinping

A relação entre a China e os Estados Unidos é a mais importante do mundo, diz líder chinês

Xi Jinping: a relação entre a China e os Estados Unidos é a mais importante do mundo (Leon Sadiki/Bloomberg/Getty Images)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 9 de outubro de 2023 às 12h13.

Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 12h31.

A forma como a China e os Estados Unidos administrarem sua relação será decisiva para "o futuro" da humanidade, declarou o presidente chinês, Xi Jinping, nesta segunda-feira, 9, ao receber uma delegação de senadores americanos em Pequim.

"A relação entre China e Estados Unidos é a mais importante do mundo. A forma como a China e os Estados Unidos se relacionarem entre si frente a um mundo em crise determinará o futuro e o destino da humanidade", disse Xi Jinping, ao receber uma delegação do Senado americano encabeçada pelo líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer.

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"Nossos países, juntos, darão forma a este século", respondeu Schumer.

Os senadores americanos foram recebidos pela manhã pelo ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, em seu terceiro dia de visita à China.

"Esperamos que esta visita ajude os Estados Unidos a ter um entendimento mais preciso da China, a considerar as relações sino-americanas com mais objetividade e a administrar as diferenças existentes de maneira mais racional", declarou Wang Yi.

"Temos de administrar nossas relações de forma responsável", acrescentou Chuck Schumer.

A relação bilateral entre as duas maiores economias do planeta se encontra sob tensão por disputas comerciais, pela expansão de Pequim no Mar da China Meridional — uma importante rota de trânsito de mercadorias — e pela questão de Taiwan, uma ilha de governo democrático considerada um território rebelde pelo governo chinês.

"Alimentam a crise do fentanil"

Schumer citou como seu "objetivo número 1" estabelecer "condições de concorrência justas para empresas e trabalhadores americanos".

O senador afirmou que há outros temas de "grande preocupação" a serem levantados durante a visita, como a crise do fentanil, um potente opioide sintético que pode ser usado como droga e que causou dezenas de milhares de mortes nos Estados Unidos.

Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram sanções e acusaram empresas chinesas de fornecerem substâncias a traficantes de drogas, entre eles os cartéis mexicanos de Sinaloa e de Jalisco Nueva Generación, para fabricarem fentanil.

Schumer insistiu nessa questão nesta segunda-feira, afirmando que, entre os objetivos de Washington, está responsabilizar "as empresas com sede na China que fornecem produtos químicos mortais que alimentam a crise do fentanil nos Estados Unidos".

E, acrescentou, "garantir que a China não apoie a guerra imoral da Rússia contra a Ucrânia".

Ataques "implacáveis"

O senador democrata também abordou a guerra em curso entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, que lançou, no sábado, uma operação em massa em solo israelense. O Estado hebreu respondeu à ofensiva, bombardeando centenas de alvos em Gaza.

"Exorto você e o povo chinês a se solidarizarem com o povo israelense e a condenarem esses ataques covardes e implacáveis", disse Schumer a Wang, um pedido que repetiu a Xi Jinping.

"Estamos consternados com as vítimas civis causadas pelo conflito", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.

O senador também se reuniu com o presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional chinesa, Zhao Leji.

"É normal que duas grandes potências se encontrem em competição", disse Schumer, insistindo em que os Estados Unidos "não buscam conflito".

Apesar das múltiplas diferenças, ambas as potências retomaram nos últimos meses o diálogo de alto nível, com uma série de visitas de funcionários de alto escalão do governo americano a Pequim, incluindo o secretário de Estado, Antony Blinken, em junho.

Também não está descartado um encontro entre o presidente chinês, Xi Jinping, e seu homólogo dos EUA, Joe Biden, na cúpula da Apec, o fórum de cooperação econômica da Ásia-Pacífico, em meados de novembro, em São Francisco. O próprio Biden disse na sexta-feira que é "uma possibilidade".

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