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Reino Unido quer isolar extremistas na segurança máxima

Reino Unido quer isolar extremistas islâmicos nas prisões de segurança máxima para diminuir a conversão de outros presos


	Prisão: ex-diretor de uma prisão afirmou que há "timidez institucional" para lidar com extremismo, por medo de que atitudes sejam consideradas racistas
 (Richard Bouhet/AFP)

Prisão: ex-diretor de uma prisão afirmou que há "timidez institucional" para lidar com extremismo, por medo de que atitudes sejam consideradas racistas (Richard Bouhet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 13h02.

Londres - O Reino Unido irá isolar extremistas islâmicos de prisões de segurança máxima em unidades especiais para limitar sua capacidade de radicalizar outros detentos, disse o governo nesta segunda-feira.

A Ministra da Justiça britânica, Liz Truss, disse estar adotando a ação para reduzir a disseminação de ideologias radicais dentro da população carcerária em geral, incluindo o treinamento de agentes para interromper atividades que possam influenciar prisioneiros vulneráveis.

"Mas existe um número pequeno de indivíduos, indivíduos muito subversivos, que de fato precisa ficar detido em unidades separadas", disse ela à rádio BBC nesta segunda-feira.

"Estamos estabelecendo unidades especializadas no sistema penitenciário para abrigar estes indivíduos."

A nova política vem na esteira de uma análise sobre o extremismo nas prisões liderada pelo ex-diretor de presídio Ian Acheson que deve ser publicada também nesta segunda-feira.

A BBC disse que Acheson descobriu haver uma "timidez institucional" para se lidar com ideologias extremistas nas prisões porque os funcionários temem ser considerados racistas.

Truss disse que os diretores e agentes prisionais terão treinamento e autoridade para extirpar o extremismo.

As ações governamentais ocorrem no momento em que o pregador islâmico mais famoso do Reino Unido, Anjem Choudary, está prestes a ser condenado no mês que vem por ter sido considerado culpado de incitar apoio ao Estado Islâmico.

Críticos vêm dizendo que as unidades especiais podem se tornar antros nos quais os extremistas mais radicais poderiam trocar ideias e criar redes, repetindo alguns dos erros cometidos na Irlanda do Norte nos anos 1980.

Lá, prisioneiros paramilitares tanto do lado republicano quanto do campo legalista conseguiram se organizar dentro do sistema.

Truss disse ter aprendido a lição da Irlanda do Norte.

Os riscos seriam administrados graças à criação de pequenas unidades dentro de prisões já existentes, afirmou, e ao estabelecimento de um novo diretório de segurança e de contraterrorismo que impediria a colaboração entre prisioneiros.

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