Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais
Ministério das Relações Exteriores do país "desaconselha todos os tipos de viagens ao Líbano"
Agência de Notícias
Publicado em 19 de setembro de 2024 às 18h11.
Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 18h12.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido pediu nesta quinta-feira, 19, aos seus cidadãos presentes no Líbano que deixem o país o mais rápido possível em voos comerciais "enquanto estiverem disponíveis". O titular da pasta de Exteriores britânica, David Lammy, alertou que “a situação pode deteriorar-se rapidamente”, depois de o líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, ter alertado que Israel ultrapassou todos os limites com a detonação de dispositivos de comunicação que matou 37 pessoas.
O Exército israelense também bombardeou diferentes alvos do Hezbollah no sul do Líbano na tarde desta quinta-feira, aumentando a incerteza sobre se isto é um prelúdio para uma guerra aberta. Lammy conversou por telefone com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, a quem transmitiu sua "preocupação com a crescente tensão e a morte de civis", segundo relatou em sua conta na rede social X.
Paralelamente, a pasta de Exteriores britânica atualizou em seu site as recomendações de viagens ao Líbano, que são aquelas tomadas como referência pelas seguradoras britânicas. No portal, o Ministério das Relações Exteriores “desaconselha todos os tipos de viagens ao Líbano devido aos riscos associados ao conflito em curso entre Israel, o Hezbollah libanês e outros atores não estatais” no país árabe.
“Se você está atualmente no Líbano, pedimos que saia enquanto as opções comerciais seguem disponíveis”, aconselhou o comunicado no site. "A tensão é elevada e os acontecimentos podem se intensificar sem aviso prévio, o que pode afetar ou limitar as rotas de saída do Líbano", alertou a pasta chefiada por Lammy.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido britânico frisou ainda que os seguros de viagem poderiam perder vigência em casos de deslocamentos contra as recomendações e que “o apoio consular também será muito limitado”.