Reino Unido mobiliza Governos e empresas contra crimes eletrônicos
Governo britânico ficou atento ao alto número de crimes online contra empresas e organismos públicos, e suas consequências para a economia
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2011 às 17h38.
Londres - O Governo britânico reuniu nesta terça-feira em Londres uma numerosa e variada representação de países, como Rússia e China, e de empresas ligadas à internet , como Facebook e Wikipédia, para buscar uma resposta global aos crimes eletrônicos.
Entre esta terça e quarta-feira, ocorre na capital britânica a maior conferência internacional já realizada sobre os desafios e o futuro do ciberespaço, que conta ao todo com 700 de delegados de 60 países.
Ao Governo britânico preocupa o alto número de crimes online contra empresas e organismos públicos, e suas consequências para a economia. Por isso, Londres decidiu organizar um evento que signifique um primeiro passo para a regulação da internet em nível global.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta terça-feira durante a conferência que é preciso 'conseguir um equilíbrio entre as demandas de segurança e a necessidade de proteger a liberdade de expressão'.
Cameron afirmou que não se pode deixar o ciberespaço 'em mãos de criminosos e terroristas que ameaçam nossa segurança e prosperidade', mas ao mesmo tempo defendeu 'o clima de criatividade de internet que dá vida a tantas novas ideias e movimentos'.
Diante de delegados de países como China e Rússia, conhecidos pelo forte controle oficial da internet, o primeiro-ministro britânico alertou que 'os Governos não podem usar a segurança como uma desculpa para a censura ou para negar ao povo as oportunidades que apresenta a internet'.
As declarações de Cameron contrastam com a proposta de seu próprio Governo de bloquear a telefonia celular e algumas redes sociais durante os violentos distúrbios que atingiram várias cidades inglesas no meio do ano.
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, pediu nesta terça-feira um consenso global para fixar 'normas de circulação' no ciberespaço a fim de reduzir os crimes online. Ele alertou que a atual situação de 'acesso incontrolado' à internet levará a uma onda de atividades criminosas.
As propostas do Reino Unido em favor da regulação da internet foi criticada categoricamente pelo fundador da enciclopédia online Wikipédia, Jimmy Wales, que pediu prudência e advertiu contra as intervenções dos Governos na rede.
'A maior ameaça que a internet enfrenta não são os crimes cibernéticos, mas as políticas desorientadas e excessivas dos Governos', defendeu Wales durante seu discurso na conferência.
O Governo britânico, que apoia uma agenda de futuras conferências em outros países, considera significativa a presença em Londres de representantes de países como China e Rússia, acusados por especialistas de serem responsáveis por muitos dos ataques em massa por parte de hackers contra alvos ocidentais.
Até agora, Moscou e Pequim sempre manifestaram oposição com as propostas dos americanos e britânicos para tentar estabelecer normas de conduta internacionais sobre segurança na rede.
Apesar do entusiasmo dos organizadores do evento, empresários com negócios relacionados à segurança na internet se mostraram bastante cético com a reunião de Londres.
'Há muito barulho e retórica. Além disso, sempre trazem as mesmas velhas estatísticas sem que ninguém mude as coisas' disse Rob Cotton, diretor-executivo do NCC Group, em entrevista ao jornal 'Financial Times' nesta terça-feira.
Outras fontes citadas pelo jornal indicaram que a indústria já está tendo avanços muito importantes para fortalecer a segurança, e não necessitam as diretrizes dos Governos.
Coincidindo com a realização da conferência, o diretor do centro britânico de espionagem GCHQ, Iain Lobban, revelou que o Governo e as empresas enfrentam níveis 'preocupantes' de ataques cibernéticos, uma situação que afeta gravemente o bem-estar econômico do Reino Unido, já que representa perdas de 27 bilhões de libras (R$ 75 bilhões) por ano. EFE.
Londres - O Governo britânico reuniu nesta terça-feira em Londres uma numerosa e variada representação de países, como Rússia e China, e de empresas ligadas à internet , como Facebook e Wikipédia, para buscar uma resposta global aos crimes eletrônicos.
Entre esta terça e quarta-feira, ocorre na capital britânica a maior conferência internacional já realizada sobre os desafios e o futuro do ciberespaço, que conta ao todo com 700 de delegados de 60 países.
Ao Governo britânico preocupa o alto número de crimes online contra empresas e organismos públicos, e suas consequências para a economia. Por isso, Londres decidiu organizar um evento que signifique um primeiro passo para a regulação da internet em nível global.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta terça-feira durante a conferência que é preciso 'conseguir um equilíbrio entre as demandas de segurança e a necessidade de proteger a liberdade de expressão'.
Cameron afirmou que não se pode deixar o ciberespaço 'em mãos de criminosos e terroristas que ameaçam nossa segurança e prosperidade', mas ao mesmo tempo defendeu 'o clima de criatividade de internet que dá vida a tantas novas ideias e movimentos'.
Diante de delegados de países como China e Rússia, conhecidos pelo forte controle oficial da internet, o primeiro-ministro britânico alertou que 'os Governos não podem usar a segurança como uma desculpa para a censura ou para negar ao povo as oportunidades que apresenta a internet'.
As declarações de Cameron contrastam com a proposta de seu próprio Governo de bloquear a telefonia celular e algumas redes sociais durante os violentos distúrbios que atingiram várias cidades inglesas no meio do ano.
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, pediu nesta terça-feira um consenso global para fixar 'normas de circulação' no ciberespaço a fim de reduzir os crimes online. Ele alertou que a atual situação de 'acesso incontrolado' à internet levará a uma onda de atividades criminosas.
As propostas do Reino Unido em favor da regulação da internet foi criticada categoricamente pelo fundador da enciclopédia online Wikipédia, Jimmy Wales, que pediu prudência e advertiu contra as intervenções dos Governos na rede.
'A maior ameaça que a internet enfrenta não são os crimes cibernéticos, mas as políticas desorientadas e excessivas dos Governos', defendeu Wales durante seu discurso na conferência.
O Governo britânico, que apoia uma agenda de futuras conferências em outros países, considera significativa a presença em Londres de representantes de países como China e Rússia, acusados por especialistas de serem responsáveis por muitos dos ataques em massa por parte de hackers contra alvos ocidentais.
Até agora, Moscou e Pequim sempre manifestaram oposição com as propostas dos americanos e britânicos para tentar estabelecer normas de conduta internacionais sobre segurança na rede.
Apesar do entusiasmo dos organizadores do evento, empresários com negócios relacionados à segurança na internet se mostraram bastante cético com a reunião de Londres.
'Há muito barulho e retórica. Além disso, sempre trazem as mesmas velhas estatísticas sem que ninguém mude as coisas' disse Rob Cotton, diretor-executivo do NCC Group, em entrevista ao jornal 'Financial Times' nesta terça-feira.
Outras fontes citadas pelo jornal indicaram que a indústria já está tendo avanços muito importantes para fortalecer a segurança, e não necessitam as diretrizes dos Governos.
Coincidindo com a realização da conferência, o diretor do centro britânico de espionagem GCHQ, Iain Lobban, revelou que o Governo e as empresas enfrentam níveis 'preocupantes' de ataques cibernéticos, uma situação que afeta gravemente o bem-estar econômico do Reino Unido, já que representa perdas de 27 bilhões de libras (R$ 75 bilhões) por ano. EFE.