O fundador do Wikileaks, Julian Assange: Assange violou sua liberdade condicional quando foi para a embaixada do Equador (Anthony Devlin/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2015 às 22h15.
Londres - A Grã-Bretanha disse nesta quinta-feira que fará uma reclamação formal para o Equador por conta da decisão do país sul-americano de dar asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em sua embaixada de Londres, e assim evitar a extradição para a Suécia onde ele enfrenta acusações de crimes sexuais.
“O Equador deve reconhecer que sua decisão de abrigar o Sr. Assange há mais de três anos tem evitado o devido curso da justiça”, disse o ministro de Relações Exteriores britânico, Hugo Swire, em comunicado.
Os comentários acontecem após promotores suecos terem encerrado inquéritos sobre três alegações de abuso sexual e coerção ilegal contra o australiano de 44 anos, depois de esgotado o tempo para realizar as acusações.
No entanto, eles disseram que continuariam com uma investigação sobre alegações de estupro feitas em 2010 contra ele. Assange, que nega ter cometido qualquer crime, está na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012 para evitar ser extraditado para a Suécia.
Ele teme que, se isso acontecesse, ele poderia ser extraditado para os Estados Unidos, onde seria julgado por um dos maiores vazamentos de informação na história do país, após ter publicado milhares de mensagens diplomáticas secretas dos EUA há cinco anos, o que enfureceu Washington.
Assange violou sua liberdade condicional quando foi para a embaixada e a polícia britânica tem vigiado o prédio dia e noite, em Londres, desde então, a um custo estimado de mais de 10 milhões de libras (15,6 milhões de dólares).