Reino Unido confirma libertação de missão diplomática detida na Líbia
Unidade detida há dois diashavia ido à Líbia para iniciar contatos com a oposição
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2011 às 14h33.
Londres - Uma missão diplomática britânica detida ao leste da Líbia pelos rebeldes opostos ao regime de Muammar Kadafi foi libertada e deixou o país norte-africano, segundo confirmou o Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido.
O responsável do Foreign Office, William Hague, afirmou em comunicado que uma "unidade" do Governo britânico, que incluía seis militares do Serviço Especial Aéreo e que se encontrava na Líbia em uma missão secreta, abandonou o país.
A unidade detida há dois dias, tinha ido à Líbia "para iniciar contatos com a oposição (ao regime de Kadafi)", segundo afirma Hague na nota.
O ministro acrescentou que a comitiva teve "dificuldades que agora foram satisfatoriamente resolvidas e já abandonou Líbia".
Hague explicou que a intenção do Governo britânico é enviar outra equipe à Líbia após consultá-la previamente com a oposição para reforçar o diálogo com os rebeldes.
Também especificou que o "esforço diplomático" do Executivo de David Cameron faz parte "do trabalho mais amplo que desempenha o Reino Unido na Líbia, no qual inclui o apoio humanitário".
"Continuamos pressionando Kadafi para que abandone o poder para trabalharmos com a comunidade internacional para respaldar as legítimas ambições dos cidadãos líbios", apontou.
Segundo informou neste domingo a emissora pública britânica "BBC", os detidos deixaram a bordo da fragata britânica HMS Cumberland a cidade de Benghazi, em poder da oposição desde o dia 17 de fevereiro, quando se estenderam por todo o país as revoltas iniciadas na véspera nessa cidade, a segunda do país.
A "BBC" assinalou que os soldados dessa unidade de operações especiais escoltavam um diplomata britânico que tratava de estabelecer um primeiro contato com os rebeldes opositores ao regime de Kadafi e que chegaram em helicóptero na sexta-feira passada.
A comitiva foi detida quando guardas de segurança líbios detectaram que levava armas, munição, explosivos, mapas e passaportes de, pelo menos, quatro nacionalidades diferentes, segundo indica o citado canal.