Mundo

Registro de mortes de imigrantes tem número recorde em 2016

"Esses dados são simplesmente chocantes. E nós não acreditamos que estamos nem perto de contar todas as vítimas", afirmou diretor da OIM

Imigrantes: o total de 7.495 mortes em 2016 é superior às 5.740 do ano passado e às 5.267 de 2014 (Marinha Italiana/Divulgação)

Imigrantes: o total de 7.495 mortes em 2016 é superior às 5.740 do ano passado e às 5.267 de 2014 (Marinha Italiana/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 19h30.

Última atualização em 6 de janeiro de 2017 às 19h46.

Um recorde de 7.495 mortes de refugiados e imigrantes foi registrado no mundo no ano passado, quase um terço a mais do que em 2015, com a vasta maioria morrendo no Mar Mediterrâneo, disse a Organização Internacional para Migrações (OIM) nesta sexta-feira.

O número preliminar de 2016, que provavelmente vai subir à medida que mais dados cheguem, leva o total de mortes dos últimos três anos para 18.501, ou quase 20 mortes por dia, disse a OIM.

"Esses dados são simplesmente chocantes. E nós não acreditamos que estamos nem perto de contar todas as vítimas", afirmou William Lacy Swing, diretor-geral da OIM, em comunicado.

"Já passou o tempo de contar. Nós precisamos agir para tornar a imigração legal, segura e protegida para todos."

O total de 7.495 mortes em 2016 é superior às 5.740 do ano passado e às 5.267 de 2014.

A OIM, que compila dados sobre mortes de imigrantes desde 2013, disse que o aumento foi em grande parte devido a melhores métodos de pesquisa.

Contudo, algumas rotas migratórias ficaram mais mortais, particularmente a viagem entre o norte da África e a Europa pelo Mediterrâneo, onde quase 4.600 pessoas morreram em 2016.

Acompanhe tudo sobre:ImigraçãoMortesRefugiados

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições