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Regime sírio provavelmente cometeu ataque químico, diz ONG

Há fortes indícios de que as forças do governo sírio foram responsáveis pelo ataque com gás que matou mais de 1.400 pessoas, disse a entidade Human Rights Watch


	ONU na Síria: "indícios relativos ao tipo de foguetes e lançadores usados nesses ataques sugerem fortemente que esses são sistemas de armas (...) usados pelas Forças Armadas do governo sírio", disse relatório
 (Bassam Khabieh/Reuters)

ONU na Síria: "indícios relativos ao tipo de foguetes e lançadores usados nesses ataques sugerem fortemente que esses são sistemas de armas (...) usados pelas Forças Armadas do governo sírio", disse relatório (Bassam Khabieh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 09h51.

São Paulo - Há fortes indícios de que as forças do governo sírio foram responsáveis pelo ataque com gás que matou mais de 1.400 pessoas em 21 de agosto, disse a entidade Human Rights Watch nesta terça-feira, contradizendo os repetidos desmentidos do presidente Bashar al-Assad.

A HRW, que tem sede em Nova York, disse em um relatório que chegou às suas conclusões após analisar depoimentos de testemunhas, informações sobre a possível origem do ataque, vestígios de armas usadas e prontuários médicos das vítimas.

"Os indícios relativos ao tipo de foguetes e lançadores usados nesses ataques sugerem fortemente que esses são sistemas de armas conhecidos e documentados como sendo apenas possuídos e usados pelas Forças Armadas do governo sírio", disse o relatório.

"A Human Rights Watch e especialistas em armas que monitoram o uso de armamentos na Síria não documentaram que as forças da oposição síria estejam de posse de foguetes de 140 milímetros e 330 milímetros usados no ataque, ou dos lançadores a eles associados." O governo dos EUA, que também acusa as forças de Assad de terem cometido o ataque com gás sarin, está atualmente buscando apoio do Congresso para um ataque punitivo à Síria. Ao mesmo tempo, a Casa Branca analisa uma proposta russa que prevê colocar o arsenal químico de Assad sob controle internacional.

Em entrevista à rede de TV norte-americana CBS, Assad negou que haja provas do envolvimento do seu governo com o ataque químico, e alertou os EUA para represálias em caso de ataque.

A HRW disse que também investigou a hipótese de o ataque de 21 de agosto ter sido cometido por forças da oposição, como alega Assad. A ONG disse, no entanto, que "concluiu que tais alegações carecem de credibilidade e são inconsistentes com os indícios encontrados no local".

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