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Refugiados perturbam o tráfego do Eurotúnel durante a noite

A maior parte desses imigrantes entraram na estação de Frethun, onde os trens de mercadorias param antes de atravessar o túnel em direção a Inglaterra


	Trens de carga do Eurotúnel: a presença dos clandestinos causou "fortes perturbações" no trânsito, e durante a noite quase não passaram "alguns comboios"
 (Daniel Berehulak/Getty Images)

Trens de carga do Eurotúnel: a presença dos clandestinos causou "fortes perturbações" no trânsito, e durante a noite quase não passaram "alguns comboios" (Daniel Berehulak/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 09h31.

Paris - Centenas de imigrantes - 600 segundo a prefeitura - perturbaram "seriamente" o tráfego dos trens pelo túnel ferroviário submarino que conecta a França e o Reino Unido durante a madrugada desta quinta-feira.

A maior parte desses imigrantes entraram na estação de Frethun, onde os trens de mercadorias param antes de atravessar o túnel em direção a Inglaterra, e alguns poucos quilômetros mais adiante, nas instalações da saída francesa do Eurotúnel.

Um porta-voz do Eurotúnel reconheceu à Agência Efe que a presença dos clandestinos causou "fortes perturbações" no trânsito, e durante a noite quase não passaram "alguns comboios" diante das dezenas que normalmente trafegam ali.

O porta-voz ressaltou, no entanto, que a circulação foi restabelecida nesta manhã e que desde as 8h (4h em Brasília) a situação era normal, com a passagem de em média seis trens por hora e por sentido pelo túnel.

Horas antes do início do incidente, o ministro francês de Interior, Bernard Cazeneuve, anunciou em Calais um reforço do dispositivo policial para combater as tentativas dos imigrantes de entrar clandestinamente no Reino Unido.

Cazeneuve indicou que desde hoje deveriam estar em operação 460 agentes suplementares em Calais, somando um total de 1.125 entre policiais e gendarmes.

O ministro justificou esse desdobramento porque o número de imigrantes em Calais e seus arredores dobrou desde setembro, atualmente seis mil, abrigados quase todos em um acampamento conhecido como "a selva".

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