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Refugiados fazem greve de fome para denunciar retenção na Hungria

"Há seis meses que estamos aqui e não sabemos o que acontecerá conosco", afirmam os refugiados em comunicado

Migrantes: os requerentes de asilo asseguram que chegaram à Hungria "em busca de segurança e estabilidade" (David Ramos/Reuters)

Migrantes: os requerentes de asilo asseguram que chegaram à Hungria "em busca de segurança e estabilidade" (David Ramos/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 13h32.

Budapeste - Um número indeterminado de refugiados em um centro de amparo na Hungria iniciou nesta segunda-feira uma greve de fome para denunciar que estão sendo retidos e que não recebem tratamento adequado.

"Há seis meses que estamos aqui e não sabemos o que acontecerá conosco", afirmam os refugiados em comunicado publicado pelo portal de notícias "Hvg".

Nessa nota, os requerentes de asilo asseguram que vêm fugindo "da guerra e da morte" e que ao chegarem à Hungria foram retidos no centro de amparo de Békéscsaba, no sul do país.

Os refugiados asseguram que muitos deles sofrem doenças psíquicas e físicas que precisam de tratamento e que os médicos só lhes dão sedativos.

O centro de Békéscsaba tem capacidade para 200 pessoas, embora atualmente acolha apenas entre 40 e 50 refugiados, dos quais não sabe quantos aderiram à greve de fome.

Os requerentes de asilo também asseguram que chegaram à Hungria "em busca de segurança e estabilidade" e que o governo os detém no centro de refugiados.

A Hungria foi muito criticada por diferentes ONGs e pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) pela controversa legislação recentemente aprovada, embora ainda não tenha entrado em vigor, que permite reter os refugiados que entram no país enquanto seu pedido de asilo é tramitado.

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