Coreia do Norte: o refugiado tinha fugido da Coreia do Norte em março de 2007 e teria desertado de seu país em até quatro ocasiões diferentes, segundo a agência 'Yonhap', que não ofereceu mais detalhes a respeito. (Cancan Chu/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2013 às 22h55.
Seul - Um refugiado norte-coreano que vivia na Coreia do Sul cruzou a fronteira marítima para retornar a seu país natal em um barco de pesca que supostamente roubou, informaram nesta quinta-feira fontes militares em Seul.
O homem, de 28 anos de idade, roubou um barco de 9 toneladas na ilha fronteiriça de Yeonpyeong na manhã da quarta-feira (data local) e navegou através da Linha Limite do Norte (LLN), a fronteira marítima do Mar Amarelo, segundo o testemunho das autoridades.
Quando a Força Naval da Coreia do Sul detectou que o barco roubado pelo refugiado norte-coreano se aproximava da LLN, este já se encontrava a apenas um quilômetro da fronteira, indicou um oficial de alta categoria do exército sul-coreano à agência local de notícias 'Yonhap'.
'Aparentemente, a embarcação realizou sua aproximação (à fronteira) próxima do ponto cego do radar', assegurou a autoridade.
Antes de ser roubado, 'o barco estava ancorado em um porto após ter sido utilizado para a pesca durante o dia anterior', relatou a fonte, após detalhar que a embarcação pertencia a um pescador de caranguejos que posteriormente denunciou o roubo.
O refugiado tinha fugido da Coreia do Norte em março de 2007 e teria desertado de seu país em até quatro ocasiões diferentes, segundo a agência 'Yonhap', que não ofereceu mais detalhes a respeito.
A notícia chegou em pleno ambiente de tensão na região, onde a Coreia do Norte mantém uma longa campanha de ameaças de guerra contra o Seul e Washington.
Aproximadamente 25 mil desertores norte-coreanos residem atualmente na Coreia do Sul, onde receberam asilo político após fugir da pobreza e da repressão do regime de Kim Jong-un.
No ano passado um total de 1.508 norte-coreanos fugiram para a Coreia do Sul, algo mais da metade dos 2.706 que fizeram o mesmo em 2011, devido ao reforço da segurança fronteiriça no norte.