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Reforma do Conselho da ONU deve incluir África, diz Rússia

Conselho de Segurança é formado por cinco membros permanentes (Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos) e dez não permanentes

Rússia: "O mais importante é aumentar a representação de países em desenvolvimento e estamos dispostos a considerar qualquer opção", disse ministro do país (Mark Thompson/Getty Images)
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EFE

Publicado em 9 de março de 2018 às 16h04.

Adis Abeba - O ministro das Relações Exteriores da Rússia , Sergei Lavrov, afirmou nesta sexta-feira na Etiópia que a reforma dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU deveria incluir algum país da África .

"Não acredito que os países desenvolvidos estejam pouco representados na atual composição do Conselho de Segurança da ONU. O mais importante é aumentar a representação de países em desenvolvimento e estamos dispostos a considerar qualquer opção", disse Lavrov na sede da União Africana (UA) em Adis Abeba.

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"Acreditamos que as candidaturas de Índia e Brasil, que representam Ásia e América do Sul, são boas candidaturas. Mas não acredito que seja possível expandir o Conselho de Segurança da ONU se o pacote não incluir o tema da representação africana", opinou o chefe da diplomacia russa.

Em entrevista coletiva com o presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, Lavrov acrescentou que "a prioridade mais importante é expandir a representação de três regiões em desenvolvimento do mundo, incluída a África certamente".

Faki, por sua vez, ressaltou que "não dá para entender, e é injusto, que este continente (África) não seja membro do Conselho de Segurança da ONU com um assento permanente".

"A África representa mais de um quarto dos países-membros da ONU e tem 1,2 bilhão de habitantes", comentou o presidente da Comissão da UA, que acrescentou que não se pode excluir" uma grande porção da humanidade" do órgão da ONU.

O Conselho de Segurança é formado por cinco membros permanentes (Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos), que têm poder de veto, e dez não permanentes, que são escolhidos em grupos de cinco para mandatos de dois anos.

As negociações para reestruturar o Conselho começaram na Assembleia Geral da ONU em fevereiro de 2009, mas estão bloqueadas por rivalidades entre diferentes países.

Lavrov visitou a Etiópia como parte da sua excursão pela África, um dia depois que o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, fez o mesmo, também como parte de um giro pelo continente.

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