Exame Logo

Referendo de independência da Escócia será em 2014

A consulta está marcada para acontecer no dia 18 de setembro do ano que vem

O chefe do governo escocês Alex Salmond: ele disse a data será "um dia histórico" (Andy Buchanan/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 13h49.

Londres - O plebiscito sobre a independência da Escócia será realizado em 18 de setembro de 2014, anunciou nesta quinta-feira o primeiro-ministro escocês, o separatista Alex Salmond.

Em um pronunciamento no Parlamento autônomo, Salmond disse que a data será 'um dia histórico' no qual os escoceses decidirão sobre seu futuro, após 300 anos pertencendo ao Reino Unido.

Como já havia sido divulgado anteriormente, a pergunta a que as pessoas com direito a voto precisarão responder será: 'A Escócia deveria ser um país independente? Sim ou não'.

O primeiro-ministro e líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), que governa em maioria na região, apresentou perante os deputados o projeto de lei do referendo, que regulará a consulta do próximo ano.

Até agora só se sabia que o plebiscito, convocado pelo Executivo autônomo com o apoio do governo de Londres, aconteceria no outono de 2014.

Salmond detalhou que a legislação disporá que a Comissão Eleitoral britânica supervisione o desenvolvimento do referendo e da campanha, assim como a constituição dos colégios eleitorais, a fim de garantir que a consulta 'seja reconhecida em nível internacional'.


A pergunta final do plebiscito foi sugerida pela Comissão Eleitoral, que recomendou mudar a versão proposta inicialmente pelo partido SNP de Salmond, que havia colocado 'Está o senhor de acordo em que Escócia deveria ser um país independente?', o que se considerou algo tendencioso.

Antes de apresentar a lei do plebiscito hoje, o Parlamento de Holyrood começou a tramitar há poucos dias outro projeto de lei associado para diminuir para 16 anos a idade para votar.

Além dos jovens de 16 e 17 anos, que exercerão pela primeira vez o direito ao voto, poderão votar na consulta histórica as mesmas pessoas que votam nas eleições autônomas e locais, ou seja, os cidadãos britânicos, da Commonwealth, irlandeses e da União Europeia residentes na Escócia.

Também poderão se manifestar os membros da Câmara dos Lordes britânica que residam no território e militares das Forças Armadas britânicas recenseadas na Escócia.

Ao iniciar o debate no Parlamento autônomo, Salmond lembrou hoje que a Escócia começou 'uma viagem' em 1999, com a devolução de algumas competências por parte do governo de Londres, que culminará com a decisão sobre a independência.

O primeiro-ministro argumentou, ainda, que uma Escócia independente poderia tramitar melhor seus recursos e evitar os cortes que o governo conservador de David Cameron tem imposto.

*Matéria atualizada às 13h49

Veja também

Londres - O plebiscito sobre a independência da Escócia será realizado em 18 de setembro de 2014, anunciou nesta quinta-feira o primeiro-ministro escocês, o separatista Alex Salmond.

Em um pronunciamento no Parlamento autônomo, Salmond disse que a data será 'um dia histórico' no qual os escoceses decidirão sobre seu futuro, após 300 anos pertencendo ao Reino Unido.

Como já havia sido divulgado anteriormente, a pergunta a que as pessoas com direito a voto precisarão responder será: 'A Escócia deveria ser um país independente? Sim ou não'.

O primeiro-ministro e líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), que governa em maioria na região, apresentou perante os deputados o projeto de lei do referendo, que regulará a consulta do próximo ano.

Até agora só se sabia que o plebiscito, convocado pelo Executivo autônomo com o apoio do governo de Londres, aconteceria no outono de 2014.

Salmond detalhou que a legislação disporá que a Comissão Eleitoral britânica supervisione o desenvolvimento do referendo e da campanha, assim como a constituição dos colégios eleitorais, a fim de garantir que a consulta 'seja reconhecida em nível internacional'.


A pergunta final do plebiscito foi sugerida pela Comissão Eleitoral, que recomendou mudar a versão proposta inicialmente pelo partido SNP de Salmond, que havia colocado 'Está o senhor de acordo em que Escócia deveria ser um país independente?', o que se considerou algo tendencioso.

Antes de apresentar a lei do plebiscito hoje, o Parlamento de Holyrood começou a tramitar há poucos dias outro projeto de lei associado para diminuir para 16 anos a idade para votar.

Além dos jovens de 16 e 17 anos, que exercerão pela primeira vez o direito ao voto, poderão votar na consulta histórica as mesmas pessoas que votam nas eleições autônomas e locais, ou seja, os cidadãos britânicos, da Commonwealth, irlandeses e da União Europeia residentes na Escócia.

Também poderão se manifestar os membros da Câmara dos Lordes britânica que residam no território e militares das Forças Armadas britânicas recenseadas na Escócia.

Ao iniciar o debate no Parlamento autônomo, Salmond lembrou hoje que a Escócia começou 'uma viagem' em 1999, com a devolução de algumas competências por parte do governo de Londres, que culminará com a decisão sobre a independência.

O primeiro-ministro argumentou, ainda, que uma Escócia independente poderia tramitar melhor seus recursos e evitar os cortes que o governo conservador de David Cameron tem imposto.

*Matéria atualizada às 13h49

Acompanhe tudo sobre:EscóciaEuropaPaíses ricosReino Unido

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame