O ministro do Interior da Áustria, Gerhard Karner, discursa a jornalistas durante um Conselho Extraordinário de Justiça e Assuntos Internos da UE sobre a situação na Ucrânia, na sede da UE em Bruxelas, em 27 de fevereiro de 2022 (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 12 de maio de 2022 às 14h52.
Uma rede de traficantes de imigrantes que operava na Europa central foi desmantelada e 205 pessoas foram presas por seu suposto envolvimento no tráfico de dezenas de milhares de imigrantes sírios, incluindo dois que morreram, informou o governo austríaco na quinta-feira, 11.
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"É um grande êxito contra o crime organizado e um duro golpe na máfia dos traficantes", declarou o ministro do Interior, Gerhard Karner, em um comunicado.
A investigação, que iniciou em 2021, permitiu rastrear as pessoas que integravam esta rede, que transportou mais de 36 mil crianças e adultos da Hungria até a Europa Ocidental, em particular a Alemanha e França.
Uma vez na Áustria, os imigrantes eram entregues a outros grupos para seguirem caminho.
"A maioria vinda da Síria" e pagavam entre 3.000 e 4.500 euros (entre 3.200 e 4.700 dólares no câmbio atual) cada pessoa pelo trajeto entre Hungria e Áustria, afirmou o porta-voz da polícia, Johann Baumschlager à AFP.
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As autoridades calculam que a rede, uma das maiores que já foram desmantelas na Áustria, nos últimos anos, obteve ganhos de até 152 milhões de euros ao longo dos meses.
As prisões foram realizadas no país alpino, mas também na República Tcheca, Hungria, Eslováquia e Romênia. Os investigadores também confiscaram 80 veículos.
Durante um incidente relacionado com esta rede, dois imigrantes irregulares morreram sufocados em outubro de 2021, em uma caminhonete coberta interceptada na fronteira húngara. Outras 27 pessoas estavam nesse veículo.
O motorista fugiu, mas foi preso na Letônia, afirmou o ministério.
Em janeiro, outro suposto traficante do grupo atirou em um soldado enquanto tentava evitar um posto de controle. Ele foi preso na Hungria.
A Áustria, assim como a França, Alemanha, Noruega e Suécia, reintroduziram desde 2015 – e a Dinamarca desde 2016 – verificações aleatórias de identidade em suas fronteiras, citando a crise migratória e/ou a ameaça terrorista.
(AFP)
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