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Rebeldes tentam tomar prédio de TV estatal na Síria

Os conflitos deixaram 13 mortos no país neste sábado. Rebeldes tentam tomar televisão em Alepo

Rebeldes do Exército Livre da Síria carregando feridos em Alepo, após conflitos (Goran Tomasevic/Reuters)

Rebeldes do Exército Livre da Síria carregando feridos em Alepo, após conflitos (Goran Tomasevic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2012 às 10h09.

Alepo - Os combates se intensificaram na Síria neste sábado, com os rebeldes tentando tomar o prédio da rede de TV estatal em Alepo e as forças do governo bombardeando um subúrbio de Damasco.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, os rebeldes plantaram explosivos e tentaram invadir o prédio da TV estatal, mas bateram em retirada após bombardeios de caças e helicópteros do governo. A mídia estatal disse que o exército defendeu o local de "grupos terroristas mercenários".

Enquanto isso, o subúrbio de Tadamun, em Damasco, sofreu um dos mais intensos bombardeios desde que as tropas do governo lançaram uma ofensiva contra os rebeldes na capital, em julho, segundo o Observatório.

Os conflitos deixaram 13 mortos no país neste sábado. Na sexta-feira, morreram 46 civis, 19 rebeldes e 19 soldados. Rami Abdel Rahman, do Observatório, disse que julho foi o mês mais violento desde o início dos protestos contra o regime do presidente Bashar Assad, em março de 2011. Segundo Rahman, 4.239 pessoas, principalmente civis, foram mortas no mês passado, elevando o total dos quase 17 meses de confrontos para 21 mil.

Na sexta-feira, após a renúncia de Kofi Annan à chefia da missão especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para mediar o conflito, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que as potências mundiais devem deixar de lado suas rivalidades e colocar um fim à "guerra por procuração" em que se transformou a crise na Síria.

Além disso, a Assembleia Geral da ONU condenou o Conselho de Segurança por sua falta de ação. "Agora que a situação piorou, eles (o Conselho) devem novamente chegar a um entendimento", disse Ban Ki-moon.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, disse que, "apesar da contínua oposição de uma minoria cada vez mais isolada, a grande maioria dos membros da ONU claramente está do lado do povo sírio". Ela se referia à Rússia e à China, que já tinham vetado três resoluções do Conselho de Segurança sobre a Síria.

O vice-embaixador da China na ONU, Wang Min, disse que pressionar apenas Damasco causaria uma escalada do conflito e deixaria a crise se espalhar para outros países da região. As informações são da Dow Jones.

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