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Rebaixamento dos EUA aumenta pressão sobre a China

Alguns analistas dizem que a dura retórica chinesa voltada aos EUA demonstra o desejo de Pequim de desafiar a liderança econômica mundial dos EUA

Reunião entre líderes dos EUA e da China (Getty Images)

Reunião entre líderes dos EUA e da China (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2011 às 16h47.

Pequim - O rebaixamento da classificação de crédito dos Estados Unidos está adicionando mais pressão sobre a China para deixar a sua condição de economia apoiada em exportações, que produziu montanhas de reservas internacionais em dólares declinantes, embora os políticos chineses, assim como aqueles em Washington, frequentemente resistam ao confronto de decisões políticas duras necessárias para conduzir mudanças.

Alguns analistas dizem que a dura retórica chinesa voltada aos EUA, após o rebaixamento do rating pela Standard & Poor's, demonstra o desejo de Pequim de desafiar a liderança econômica mundial dos EUA, que a China acredita estar em declínio inexorável.

Analistas também dizem que os comentários chineses são destinados a abrandar as críticas de que o gerenciamento econômico do governo chinês permitiu a elevação das reservas locais para mais de US$ 3 trilhões - de longe a maior reserva internacional do mundo.

Em um editorial neste sábado, a agência estatal de notícias Xinhua classificou o rebaixamento como uma "conta vencida que a América tem de pagar por seu próprio vício em dívida e política míope em Washington". O editorial também renovou a demanda de Pequim por uma "reserva cambial global nova, estável e segura".

Treasuries - O rebaixamento é uma pancada, em particular, para a China, uma vez que é o maior detentor de títulos dos EUA, em grande parte como resultado da política chinesa de encorajar as exportações, restringindo o valor do yuan e usando os dólares para comprar Treasuries, único mercado mundial profundo e líquido o bastante para comprar compras em tal escala.

Os líderes chineses têm mostrado publicamente preocupação sobre a segurança dos Treasuries que detêm, hoje estimados em US$ 1,2 trilhão. O rebaixamento pela S&P dá a eles mais para se preocupar. "É um despertar para a China", disse Zhao Qingming, analista do China Construction Bank, um dos quatro maiores bancos estatais do país. "A China deveria tentar balancear sua conta corrente o mais cedo possível".


Zhao diz que se a China mantiver seu superávit comercial, que ficou em cerca de US$ 22,3 bilhões em junho, segundo os dados mais recentes, teria poucas escolhas a não ser continuar comprando Treasuries.

A recusa de Pequim em permitir apreciação mais rápida da moeda, dizem analistas, reflete temor quanto a um forte impacto sobre a economia.

"Está claro que a China precisa se reequilibrar, e está claro que o reequilíbrio será doloroso", disse Michael Pettis, professor da Peking University. O rebaixamento do crédito dos EUA, ele disse, "pode dar munição para aqueles na China que veem necessidade de reequilíbrio".

Yuan - Desde que a China retomou o processo de revalorização da moeda no verão passado, o yuan, também conhecido como renminbi, subiu 6% ante o dólar. Mas, o yuan já se depreciou contra grande parte de outras moedas durante o mesmo período, incluindo o euro e o iene.

Li Daokui, conselheiro do PBoC (BC chinês), escreveu em seu blog que a decisão da S&P, embora "razoável", faria diversos investidores vender dívida norte-americana, resultando em "turbulência" nos mercados financeiros globais. Ele previu que o rebaixamento faria o Federal Reserve (o BC dos EUA) lançar uma terceira rodada de compras de bônus para estabilizar os juros de longo prazo. "Devemos estar preparados do nosso lado", disse Li, sem detalhar o que isso significa. O material está no site do Wall Street Journal, citado pela Dow Jones. As informações são da Dow Jones.

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