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RDC declara fim de surto de Ebola que matou 33 pessoas

Nesta terça-feira se completaram 42 dias transcorridos desde o último caso detectado do vírus, tempo equivalente a dois períodos de incubação

Ebola: epidemia, identificada primeiramente no vilarejo rural de Ikoko Impenge, no noroeste do Congo, em abril, foi enfrentada rapidamente pela OMS (Kenny Katombe/Reuters)
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Reuters

Publicado em 24 de julho de 2018 às 19h10.

Última atualização em 24 de julho de 2018 às 19h12.

Dacar - A República Democrática do Congo declarou nesta terça-feira o fim de um surto de Ebola que se acredita ter matado 33 pessoas graças ao que especialistas elogiaram como uma reação rápida à epidemia em um dos ambientes mais difíceis do mundo.

Nesta terça-feira se completaram 42 dias transcorridos desde o último caso detectado do vírus, tempo equivalente a dois períodos de incubação e considerado longo o suficiente para se declarar o fim do surto.

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A epidemia, identificada primeiramente no vilarejo rural de Ikoko Impenge, no noroeste do Congo, em abril, foi enfrentada rapidamente pela Organização Mundial da Saúde ( OMS ) e pelas autoridades congolesas, o que incluiu o uso de uma vacina experimental em mais de 3.300 pessoas.

Isso ajudou a conter o impacto do vírus mesmo quando ele chegou à cidade de Mbandaka, polo comercial de 1,5 milhão de habitantes no Rio Congo com ligações diretas por barco e avião com a populosa capital Kinshasa.

"Declaro a partir deste dia... o fim da epidemia de Ebola... na província de Équateur, República Democrática do Congo", disse o ministro da Saúde, Oly Ilunga Kalenga, em um comunicado.

O Ebola, que se acredita ser propagado a grandes distâncias por meio de morcegos, provoca febre hemorrágica, vômitos e diarreia e é transmitido pelo contato direto com fluidos corporais. Muitas vezes ele contamina humanos por meio da carne infectada de animais selvagens.

Seu aparecimento em Mbandaka em maio transformou o surto em uma preocupação internacional. Aeroportos da África Ocidental passaram a realizar triagens para detectar a doença, e a região tremeu com a lembrança da epidemia que matou ao menos 11.300 pessoas na Guiné, Serra Leoa e Libéria entre 2013 e 2016.

(Reportagem adicional de Kate Kelland em Londres e Stephanie Nebehay em Genebra)

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