Mundo

Rasmussen pede que Rússia se retire do leste da Ucrânia

Anders Fogh Rasmussen pediu à Rússia que retire seus soldados militares da fronteira com a Ucrânia e que cesse seu apoio aos separatistas


	Anders Fogh Rasmussem: "seguimos pedindo que retirem as tropas da fronteira"
 (Yves Herman/Reuters)

Anders Fogh Rasmussem: "seguimos pedindo que retirem as tropas da fronteira" (Yves Herman/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 09h10.

Newport - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, pediu nesta quinta-feira à Rússia que retire seus soldados militares da fronteira com a Ucrânia e que cesse seu apoio aos separatistas.

O líder aliado insistiu que o presidente russo, Vladimir Putin, retire as forças que localizou na fronteira oriental ucraniana, em uma intervenção prévia ao início da cúpula que hoje e amanhã realizada pela Aliança Atlântica na cidade galesa de Newport.

"O que conta é o que neste momento está acontecendo no terreno", disse o político dinamarquês à imprensa, ao mesmo tempo que ressaltou que Moscou segue desestabilizando o país vizinho.

"Seguimos pedindo que retirem as tropas da fronteira ucraniana, assim como o fluxo de armas e o apoio aos rebeldes, e que se comprometam com um processo político construtivo, e que façam um autêntico esforço para facilitar uma solução pacífica à crise na Ucrânia", acrescentou.

O secretário-geral da Otan reiterou que "estamos vendo como infelizmente a presença russa está desestabilizando a situação no leste da Ucrânia".

Rasmussen disse que a cúpula de Gales, da qual é anfitrião o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, é realizada em um momento "crucial" pelas diversas crises internacionais: "No leste (da Europa), a Rússia está atacando a Ucrânia".

O secretário também se referiu "à crescente ameaça da organização terrorista Estado Islâmico, que cometeu atrocidades terríveis" e à "violência, insegurança e instabilidade" do Oriente Médio e do norte da África.

Rasmussen ressaltou que os aliados darão nos próximos dois dias "importantes passos para resistir a essas ameaças e reforçar sua defesa", com medidas como a adoção de um plano de reação imediata que "melhorará a capacidade de atuar com rapidez para defender nossos aliados quando for necessário".

O início dessa força de ação imediata representa que seus integrantes, cerca de quatro mil soldados militares, poderiam entrar em ação em menos de 48 horas para responder a qualquer ameaça aos países da Otan.

Rasmussen assinalou que para iniciar os planos de reforço da defesa coletiva sera necessário também "reverter a tendência a diminuir os orçamentos de defesa".

A Aliança tem como objetivo que seus países-membros destinem à defesa 2% de seus orçamentos, algo que por enquanto só cumprem Estados Unidos, Reino Unido e França, enquanto os demais parceiros foram rebaixando progressivamente as verbas de defesa como consequência da crise econômica.

Durante a primeira jornada da cúpula, os países analisarão as medidas que de forma individual e em conjunto da organização podem tomar para resistir a ameaça de organizações terroristas como a dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), que atua no Iraque e Síria.

Os aliados também reforçarão sua cooperação com a Ucrânia e abordarão o fim de sua presença no Afeganistão após 13 anos da missão da Isaf, que acaba no final deste ano.

Rasmussen assegurou que nesta cúpula, os aliados vão ressaltar "capacidade de resolução, unidade, solidariedade. Rodeados por múltiplas crises, a comunidade transatlântica é um ilha de segurança, estabilidade e prosperidade", além de reforçar os intensos laços que unem à Europa e América do Norte.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaOtanRússiaUcrânia

Mais de Mundo

As vitórias e derrotas de Musk desde a eleição de Donald Trump

Avião da Embraer foi derrubado por sistema de defesa aérea russo, diz agência

FAB deve auxiliar autoridades do Cazaquistão sobre queda de avião fabricado pela Embraer

Trump anuncia embaixador no Panamá e insiste que EUA estão sendo 'roubados' no canal