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Radiação supera 3.355 vezes o limite no mar em Fukushima

Água próxima dos reatores registraram aumento de isótopo 121 do iodo em comparação com os dados do final de semana

Agência de segurança afirma que o risco de contaminar a vida no mar ainda é pequeno, pois o isótopo se degrada em oito dias (AFP)

Agência de segurança afirma que o risco de contaminar a vida no mar ainda é pequeno, pois o isótopo se degrada em oito dias (AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 06h08.

Tóquio - O nível de iodo radioativo em águas do mar próximo à usina nuclear de Fukushima supera 3.355 vezes o limite de segurança, o que representa a concentração mais alta até o momento, informou nesta quarta-feira a Agência de Segurança Nuclear do Japão.

As amostras recolhidas na terça-feira 330 metros ao sul de uma saída de água próxima aos reatores 1 a 4 da central revelaram um considerável aumento do isótopo 131 do iodo na comparação com os índices registrados no fim de semana, quando chegaram a ser 1.850 vezes superiores ao normal.

Cinquenta metros ao norte da usina, perto dos reatores 5 e 6, o nível de iodo radioativo detectado na terça-feira era 1.262 vezes superior aos padrões legais, também o índice mais alto até o momento.

O isótopo 131 do iodo se degrada à metade em oito dias, pelo que o risco de afetar a vida marinha na região é pequeno, segundo a Agência de Segurança Nuclear, que lembrou ainda que está proibido pescar nas águas próximas à central.

Os técnicos da Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina de Fukushima Daiichi, estão estudando várias maneiras de evitar que a radioatividade vaze para o mar, especialmente os isótopos mais longevos do iodo e o próprio plutônio.

A Agência de Segurança Nuclear disse nesta quarta-feira que não há perigo para as pessoas, já que um raio de 20 quilômetros ao redor da central foi evacuado e porque o iodo 131 se diluirá e degradará progressivamente no oceano.

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