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Radiação de água de Fukushima aumenta 47 vezes em 5 dias

Os dados coletados recentemente pelo operador da usina, TEPCO, mostram substâncias radioativas com cerca de 56 mil becqueréis por litro na água subterrânea analisada


	Após o acidente nuclear de Fukushima, o pior desde Chernobyl em 1986, cerca de 3.500 trabalhadores lutam diariamente na usina japonesa para dar um fim à crise atômica
 (REUTERS/Issei Kato)

Após o acidente nuclear de Fukushima, o pior desde Chernobyl em 1986, cerca de 3.500 trabalhadores lutam diariamente na usina japonesa para dar um fim à crise atômica (REUTERS/Issei Kato)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 08h08.

Tóquio - O índice de radioatividade detectada na água subterrânea sob a usina de Fukushima aumentou 47 vezes nos últimos cinco dias, segundo revelam as amostras extraídas de um dos poços entre os reatores e o mar, informou nesta terça-feira o jornal "Asahi".

Os dados coletados recentemente pelo operador da usina, Tokyo Electric Power (TEPCO), mostram substâncias radioativas com cerca de 56 mil becqueréis por litro na água subterrânea analisada que, proveniente das vizinhança, se contamina ao entrar nos porões dos reatores atômicos acidentados.

Em 23 de julho a operadora reconheceu, pela primeira vez desde a crise nuclear em março de 2011, o vazamento da água subterrânea para o mar.

Para evitar o vazamento, a TEPCO construiu barreiras subterrâneas nos porões e começou no início desta semana a bombear e armazenar a água em tanques contêineres, segundo a emissora "NHK".

Apesar de a TEPCO ter estipulado começar a drenar a água subterrânea no fim do mês, decidiu antecipar o processo seguindo as recomendações da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA), diante o aumento constante do volume de líquido detectado nos porões das unidades nucleares.

Por enquanto, os técnicos da usina desconhecem os motivos pelos quais a água subterrânea teve seus níveis de radiação elevados tão rapidamente.

Para isolar a água contaminada, a central nuclear conta com cerca de mil contêineres onde armazena o líquido radioativo, e, uma vez retirado o sal e as partículas radioativas, utiliza essa água para esfriar os reatores.

Após o acidente nuclear de Fukushima, o pior desde Chernobyl em 1986, cerca de 3.500 trabalhadores lutam diariamente na usina japonesa para dar um fim à crise atômica, um trabalho que deve se arrastar pelos próximos 30 ou 40 anos.

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