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Quênia também ameaça não ir à Olimpíada por medo do Zika

Autoridades esportivas de todo o mundo se apressam a se informar sobre o vírus, que é transmitido por mosquitos, enquanto traçam seus planos para o evento


	Zika: Quênia quer que a organização dos Jogos Olímpicos garanta que atletas não serão expostos ao surto do vírus
 (Nelson Almeida / AFP)

Zika: Quênia quer que a organização dos Jogos Olímpicos garanta que atletas não serão expostos ao surto do vírus (Nelson Almeida / AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2016 às 11h01.

Nairóbi - O Quênia ameaçou nesta terça-feira não enviar seus corredores de elite e outros atletas à Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016 a menos que a organização dos Jogos garanta que eles não serão expostos ao surto de Zika vírus no Brasil.

Autoridades esportivas de todo o mundo se apressam a se informar sobre o vírus, que é transmitido por mosquitos, enquanto traçam seus planos para o evento de agosto.

"Obviamente, não iremos correr o risco de levar os quenianos se este Zika vírus chegar a níveis epidêmicos. Eles têm que nos garantir que o país é seguro o suficiente para levarmos nossos atletas para lá", disse o chefe do comitê olímpico queniano, Kipchoge Keino, à Reuters.

O Quênia deve ter uma atuação destacada no Rio, já que conta com alguns dos melhores corredores de provas de meia e longa distância. A nação do leste africano liderou o quadro de medalhas no Campeonato Mundial de Atletismo de 2015.

Keino, ele mesmo um grande ex-corredor, disse que seu escritório tem mantido contato com os organizadores da Olimpíada para manifestar suas preocupações.

"Deixamos claro que, a menos que eles livrem os locais de competição desta doença potencialmente perigosa, não iremos para lá", declarou o presidente do Comitê Olímpico Nacional do Quênia, que conquistou medalhas de ouro nos Jogos da Cidade do México e de Munique.

"Mas se eles nos garantirem que as coisas estão em ordem e que não há risco aos participantes, às mães, iremos".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma emergência de saúde pública mundial no dia 1o de fevereiro em reação ao Zika vírus, que as autoridades temem estar ligado um aumento nos casos de microcefalia – uma má-formação craniana.

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês) disse a federações esportivas de seu país que atletas e funcionários preocupados com sua saúde deveriam cogitar não ir à Rio 2016.

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) está aconselhando gestantes e mulheres que pretendem engravidar a evitar viagens a locais com surtos de Zika.

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