Quênia busca mais ajuda ocidental após ataque a universidade
Assassinato da semana passada de 148 pessoas aumentou a pressão sobre o presidente Uhuru Kenyatta
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2015 às 11h21.
Nairóbi - O Quênia precisa de mais ajuda dos Estados Unidos e aliados europeus em medidas de inteligência e segurança para evitar mais massacres por parte de militantes somalis, disse à Reuters a ministra das Relações Exteriores queniana, Amina Mohamed, em entrevista na terça-feira.
O assassinato da semana passada de 148 pessoas em uma universidade aumentou a pressão sobre o presidente Uhuru Kenyatta para acabar com os frequentes atentados em solo queniano perpetrados pelo grupo militante islâmico Al Shabaab, alinhado à rede Al Qaeda.
Amina disse que o Quênia, um firme aliado do Ocidente na luta contra os grupos radicais na África Oriental, já recebe apoio no campo da inteligência, mas quer mais ajuda nessa área, em vigilância e reconhecimento (ISR, na sigla em inglês).
"Agora nós estamos olhando para o que mais nós podemos precisar e uma das áreas a ser melhorada é a ISR, na ampliação da capacidade, na melhoria da coleta de informações e dos equipamentos", disse ela na entrevista.
Na quinta-feira, pistoleiros da Al Shabaab atacaram o campus da Universidade de Garissa, a cerca de 200 quilômetros da fronteira com a Somália. Eles inicialmente atiraram indiscriminadamente, mas depois perseguiram e mataram estudantes cristãos, e pouparam os muçulmanos. O grupo somali já matou mais de 400 pessoas no Quênia desde que Kenyatta chegou ao poder em abril de 2013.
"Estamos checando as lacunas para ver onde precisamos de um apoio adicional", disse Amina em seu gabinete em Nairóbi, perto de onde a Al Qaeda realizou um atentado contra a embaixada norte-americana em 1998, matando mais de 200 pessoas – o ataque mais letal na história do Quênia.
Em 2013, os Estados Unidos enviaram investigadores do FBI para ajudar os quenianos nas investigações sobre um ataque do Al Shabaab ao shopping Westgate, de Nairóbi, em que 67 pessoas foram mortas durante um cerco de quatro dias.
O Quênia vem enfrentado dificuldades para conter o fluxo de armas e combatentes do Al Shabaab em toda a sua fronteira de 700 quilômetros com a Somália, e a recente carnificina vem prejudicando a economia, por afugentar os turistas e investidores.
Amina disse que o Quênia está procurado maneiras de colocar mais postos de controle e melhorar a vigilância ao longo da fronteira, uma área onde aliados estrangeiros poderiam ajudar.
O Quênia reagiu ao ataque a Garissa bombardeando dois acampamentos do Al Shabaab na Somália. Kenyatta pediu no sábado que a comunidade muçulmana ajude a acabar com o radicalismo no país, dizendo que os planejadores e financiadores do ataque à universidade estão "profundamente enraizadas" na sociedade queniana.
Um dos quatro homens armados no ataque Garissa era um rapaz de etnia somali cujo pai é um funcionário do governo queniano, o que aumentou os temores sobre a ameaça dos militantes islamistas do próprio país.
Amina disse que o Quênia planeja elaborar uma lista de jovens radicalizados nas próximas semanas para ter uma a dimensão do problema dentro da comunidade muçulmana, que representa cerca de 10 por cento dos 44 milhões de habitantes do país.
"Nós estamos esperando para ver a dimensão desses números", disse ela, acrescentando que muitos são suspeitos de terem se unido à Al Shabaab e entrado ilegalmente na Somália, onde esse grupo combate soldados da União Africano, incluindo tropas quenianas.
O ataque a Garissa tem abalado as relações historicamente cordiais entre cristãos e muçulmanos no Quênia, que se deterioraram nos últimos anos depois de ataques islamistas contra igrejas e sacerdotes cristãos.
Nairóbi - O Quênia precisa de mais ajuda dos Estados Unidos e aliados europeus em medidas de inteligência e segurança para evitar mais massacres por parte de militantes somalis, disse à Reuters a ministra das Relações Exteriores queniana, Amina Mohamed, em entrevista na terça-feira.
O assassinato da semana passada de 148 pessoas em uma universidade aumentou a pressão sobre o presidente Uhuru Kenyatta para acabar com os frequentes atentados em solo queniano perpetrados pelo grupo militante islâmico Al Shabaab, alinhado à rede Al Qaeda.
Amina disse que o Quênia, um firme aliado do Ocidente na luta contra os grupos radicais na África Oriental, já recebe apoio no campo da inteligência, mas quer mais ajuda nessa área, em vigilância e reconhecimento (ISR, na sigla em inglês).
"Agora nós estamos olhando para o que mais nós podemos precisar e uma das áreas a ser melhorada é a ISR, na ampliação da capacidade, na melhoria da coleta de informações e dos equipamentos", disse ela na entrevista.
Na quinta-feira, pistoleiros da Al Shabaab atacaram o campus da Universidade de Garissa, a cerca de 200 quilômetros da fronteira com a Somália. Eles inicialmente atiraram indiscriminadamente, mas depois perseguiram e mataram estudantes cristãos, e pouparam os muçulmanos. O grupo somali já matou mais de 400 pessoas no Quênia desde que Kenyatta chegou ao poder em abril de 2013.
"Estamos checando as lacunas para ver onde precisamos de um apoio adicional", disse Amina em seu gabinete em Nairóbi, perto de onde a Al Qaeda realizou um atentado contra a embaixada norte-americana em 1998, matando mais de 200 pessoas – o ataque mais letal na história do Quênia.
Em 2013, os Estados Unidos enviaram investigadores do FBI para ajudar os quenianos nas investigações sobre um ataque do Al Shabaab ao shopping Westgate, de Nairóbi, em que 67 pessoas foram mortas durante um cerco de quatro dias.
O Quênia vem enfrentado dificuldades para conter o fluxo de armas e combatentes do Al Shabaab em toda a sua fronteira de 700 quilômetros com a Somália, e a recente carnificina vem prejudicando a economia, por afugentar os turistas e investidores.
Amina disse que o Quênia está procurado maneiras de colocar mais postos de controle e melhorar a vigilância ao longo da fronteira, uma área onde aliados estrangeiros poderiam ajudar.
O Quênia reagiu ao ataque a Garissa bombardeando dois acampamentos do Al Shabaab na Somália. Kenyatta pediu no sábado que a comunidade muçulmana ajude a acabar com o radicalismo no país, dizendo que os planejadores e financiadores do ataque à universidade estão "profundamente enraizadas" na sociedade queniana.
Um dos quatro homens armados no ataque Garissa era um rapaz de etnia somali cujo pai é um funcionário do governo queniano, o que aumentou os temores sobre a ameaça dos militantes islamistas do próprio país.
Amina disse que o Quênia planeja elaborar uma lista de jovens radicalizados nas próximas semanas para ter uma a dimensão do problema dentro da comunidade muçulmana, que representa cerca de 10 por cento dos 44 milhões de habitantes do país.
"Nós estamos esperando para ver a dimensão desses números", disse ela, acrescentando que muitos são suspeitos de terem se unido à Al Shabaab e entrado ilegalmente na Somália, onde esse grupo combate soldados da União Africano, incluindo tropas quenianas.
O ataque a Garissa tem abalado as relações historicamente cordiais entre cristãos e muçulmanos no Quênia, que se deterioraram nos últimos anos depois de ataques islamistas contra igrejas e sacerdotes cristãos.