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1. 2011: um trio feminino vence
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1/11 (A. Cruz/ABr./Michael Angelo/Ahmed Jadallah/Divulgação)
São Paulo - O Prêmio Nobel da
Paz deste ano foi concedido a três mulheres: a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, sua compatriota e militante pela paz Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman, ativista da chamada Primavera Árabe. Elas foram laureadas "por sua luta pacífica pela segurança das mulheres e de seus direitos de participar nos processos de paz", disse, em Oslo, o presidente do comitê Nobel norueguês, Thorbjoern Jagland. "Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo se as mulheres não obtiverem as mesmas oportunidades que os homens para influenciar nos acontecimentos em todos os níveis da socieade." A entrega do prêmio será realizada em Oslo, na Noruega, no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel. O vencedor ganha 10 milhões de coroas suecas - o equivalente a 3 milhões de reais. Veja nas fotos a seguir quais foram os ganhadores do Nobel da Paz neste século.
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2. 2010: Liu Xiaobo e sua luta pelos direitos humanos na China
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2/11 (Bi Yimin/Divulgação)
São Paulo - O dissidente chinês Liu Xiaobo ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2010 "por seu longo trabalho não violento em favor dos direitos humanos na China", segundo o Instituto Nobel da Noruega. "Nas últimas duas décadas, Liu Xiaobo foi um grande porta-voz em favor da aplicação dos direitos fundamentais na China", disse a instituição, que lembrou a participação do ativista no protesto da Praça da Paz Celestial de 1989, em Pequim, severamente reprimida pelo regime chinês. Na ocasião, o presidente Barack Obama, ganhador do prêmio em 2009, disse que Liu Xiaobo merecia o título mais do que ele. O dissidente foi condenado a 11 anos de prisão e outros dois de privação de direitos civis. O governo chinês, que não autorizou a ida de Liu Viaobo à cerimônia de premiação, ficou furioso com a entrega simbólica feita pelo Comitê Nobel. Nesta semana, familiares dele revelaram que as autoridades do país permitiram uma breve saída da prisão em setembro após a morte de seu pai.
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3. 2009: Obama vence por fortalecer diplomacia internacional
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3/11 (Pete Souza/Divulgação)
São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, levou o Prêmio Nobel da Paz em 2009 "por seus esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos", segundo o comitê. Obama estava apenas no primeiro ano de mandato e não era apontado como favorito pelos especialistas. Foi a terceira vez que um presidente americano em exercício recebeu o Nobel da Paz. Theodore Roosevelt (1906) e Woodrow Wilson (1919) foram os outros dois premiados. Em 2002, Jimmy Carter foi premiado, mas ele não era mais presidente. Em 2007, foi a vez do ex-vice-presidente Al Gore (vice de Bill Clinton) ser agraciado.
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4. 2008: Martti Ahtisaari ganha por mediar conflitos internacionais
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4/11 (Ken Opprann/Divulgação)
São Paulo - Martti Ahtisaari, presidente da Finlândia de 1995 a 2000 e mediador da ONU, ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2008. Segundo o comitê do prêmio, o ex-líder finlandês foi premiado "por seus importantes esforços, em vários continentes e durante mais de três décadas, para resolver os conflitos internacionais". "Seus esforços contribuíram para um mundo mais pacífico e para a fraternidade entre as nações, no espírito de Alfred Nobel." No currículo, Ahtisaari tem a mediação do acordo de paz de 2005 entre o governo da Indonésia e os rebeldes da província de Aceh, que encerrou mais de 30 anos de conflitos armados. Ele também mediou as conversações entre sérvios e albaneses no Kosovo como enviado especial das Nações Unidas e comandou as negociações da independência da Namíbia, que estava sob controle da África do Sul até 1990.
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5. 2007: Al Gore e sua luta contra o aquecimento global
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5/11 (Ken Opprann/Divulgação)
São Paulo - Al Gore e o Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas da ONU ganharam o Nobel da Paz em 2007. Segundo o comitê, o prêmio foi dado "pelos esforços de construção e divulgação de conhecimentos sobre as mudanças climáticas provocadas pelo homem e por terem lançado os fundamentos para a adoção de medidas necessárias para a luta contra estas alterações". Al Gore, que foi vice-presidente do democrata Bill Clinton, ficou ainda mais conhecido mundialmente por sua luta contra o aquecimento global. Em 2006, ganhou o Oscar com o filme "An Inconvenient Truth" ("Uma verdade Inconveniente"), que mostra as causas e aponta soluções para esse problema ambiental.
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6. 2006: Muhammad Yunus, o "banqueiro dos pobres"
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6/11 (N. A. Mamun/Divulgação)
São Paulo - O bengalês Muhammad Yunus e o seu banco, o Grameen, receberam o Nobel da Paz de 2006 "pelos esforços em criar desenvolvimento econômico e social para a população mais pobre", segundo o comitê do prêmio. Conhecido como "o banqueiro dos pobres" e considerado o grande mentor do microcrédito destinado aos desfavorecidos de Bangladesh, Yunus fundou um pequeno banco em 1976, cujo modelo de crédito aos mais pobres foi exportado para mais de 40 países. Em março deste ano, Yunus foi tirado da direção do banco após denúncias de desvio de recursos.
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7. 2005: Mohamed ElBaradei e a Agência de Energia Atômica
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7/11 (M. Pelletier/Divulgação)
São Paulo - Mohamed ElBaradei e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) receberam o Nobel da Paz "pelos esforços na prevenção do uso de energia nuclear para fins militares e por garantir que o uso de energia nuclear para fins pacíficos seja feito da forma mais segura possível", segundo o comitê do prêmio. Mohamed ElBaradei foi diretor-geral da AIEA por três mandatos e teve uma relação tensa com os Estados Unidos na época da invasão ao Iraque. O governo Bush dizia que havia armas de destruição em massa no território iraquiano.
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8. 2004: Wangari Maathai é premiada por promover desenvolvimento sustentável
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8/11 (Divulgação)
São Paulo - Wangari Maathai recebeu o Nobel da Paz de 2004 "por sua contribuição ao desenvolvimento sustentável, à democracia e à paz", segundo o comitê do prêmio. A ambientalista queniana, que se tornou a primeira mulher africana a ganhar esse prêmio, ficou famosa por sua campanha para ajudar os pobres a plantar árvores com o objetivo de conter o desmatamento.
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9. 2003: Shirin Ebadi vence por democracia e direitos humanos
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9/11 (Divulgação)
São Paulo - A advogada iraniana Shirin Ebadi venceu o Nobel da Paz de 2003 "por seus esforços em prol da democracia e dos direitos humanos, especialmente da luta pelos direitos das crianças e das mulheres", disse o comitê do prêmio. "Como advogada, juíza, professora, escritora e militante, Ebadi atuou claramente e com decisão em seu país, Irã, e muito mais além de suas fronteiras." Ebadi, que se tornou a primeira juíza no Irã, defende a reforma do islamismo e é partidária de uma nova interpretação da lei islâmica em harmonia com os direitos humanos, como a democracia, a igualdade ante a lei, a liberdade de religião e de expressão. Ela participou de processos polêmicos e defendeu familiares de escritores e intelectuais assassinados entre 1999 e 2000.
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10. 2002: ex-presidente Jimmy Carter é o vencedor
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10/11 (Divulgação)
São Paulo - Jimmy Carter recebeu o Nobel da Paz de 2002 "por décadas de esforços incansáveis na busca de uma solução pacífica para os conflitos internacionais, para a democracia, e para os direitos humanos, e na promoção do desenvolvimento econômico e social", segundo o comitê do prêmio. O ex-presidente dos Estados Unidos recebeu elogios pelo trabalho em prol do reatamento das relações políticas entre seus país e Cuba. Na ocasião, o comitê disse que a premiação de Carter era também uma crítica à política externa de Bush.
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11. 2001: Kofi Annan e a ONU levam o prêmio
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11/11 (Divulgação)
São Paulo - Kofi Annan e a ONU receberam o Nobel da Paz de 2001 "pelo trabalho em prol de um mundo mais bem organizado e pacífico", segundo o comitê do prêmio. "Kofi Annan dedicou quase toda sua carreira profissional à ONU. Como secretário-geral, ele trouxe uma nova vida para a organização." Annan, um diplomata de Gana, foi secretário-geral da ONU de janeiro de 1997 a janeiro de 2007. Sua gestão adotou uma postura conciliadora e bastante diplomática à frente da entidade.