Mundo

Quem está na frente nas eleições dos EUA? Veja quando começa a apuração

Eleições presidenciais são realizadas nesta terça-feira, 5 de novembro

Kamala Harris e Donald Trump, que disputam a Presidência dos EUA (Brandon Bell/Rebecca Noble/AFP/Getty Images)

Kamala Harris e Donald Trump, que disputam a Presidência dos EUA (Brandon Bell/Rebecca Noble/AFP/Getty Images)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 5 de novembro de 2024 às 12h54.

Última atualização em 5 de novembro de 2024 às 16h27.

A eleição presidencial nos Estados Unidos chega à reta final nesta terça-feira, 5. Após o dia de votação, começa a apuração que apontará quem será o novo comandante do país.

A disputa é entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. As urnas fecham a partir das 20h (hora de Brasília) e os primeiros resultados devem ser conhecidos algumas horas depois, ainda na noite desta terça.

As últimas pesquisas mostram os dois candidatos em situação de empate técnico, tanto na soma dos votos populares quanto nos estados decisivos, onde a eleição será decidida. Veja mais detalhes no vídeo abaixo.

yt thumbnail

No modelo americano, a eleição é indireta. O voto popular define quem serão e como votarão os delegados dos estados. Quem vencer em um estado conquista todos os delegados daquele estado, em 48 dos 50 estados. Assim, a corrida eleitoral avança conforme os estados, e os delegados, vão sendo conquistados pelos candidatos.

Acompanhe pelo mapa abaixo quais estados foram conquistados por cada candidato. As atualizações começarão na noite desta terça, conforme os resultados forem sendo anunciados.

O mapa mostra ainda quantos delegados cada estado possui. Há 538 ao todo, e é preciso obter ao menos 270 para conquistar a Presidência.

Até a manhã de terça, 5, mais de 79 milhões de pessoas já haviam votado de forma antecipada, ao depositar as cédulas antes da data da eleição, algo permitido em vários estados, ou ao enviar o voto pelo correio. Delas, 41% se registraram como democratas e 39% como republicanos. Outros 20% não se declararam apoiadores de um partido ou não havia dados disponíveis, de acordo com levantamento da NBC News.

Que horas sairá o resultado nos EUA?

A expectativa é que o resultado demore a sair e seja revelado só na quarta-feira ou depois. Como há voto pelo correio, há estados, como Nevada, que consideram as cédulas que chegarem nos dias seguintes à votação. Filas nos locais de votação também podem atrasar o fechamento das urnas e, consequentemente, da apuração.

Como a votação é indireta, mais importante do que observar o total de votos é ver quantos delegados cada candidato consegue no Colégio Eleitoral e qual deles conquista mais estados-chave. Neste ano, há sete estados decisivos. Veja quando deve sair o resultado em cada um deles:

  • Noite de terça/madrugada de quarta: Carolina do Norte e Wisconsin.
  • Quarta ou quinta-feira: Geórgia e Michigan
  • Quinta-feira ou depois: Arizona, Nevada e Pensilvânia

Em 2020, na última eleição, o resultado demorou quatro dias e só saiu no sábado, no começo da tarde.

Que horas as urnas fecham nos EUA?

Cada estado encerra a votação em um horário. Os dados de apuração só começarão a ser divulgados depois disso. Veja a ordem de fechamento, pelo horário de Brasília:

20h Kentucky e Indiana (partes do estado)

21h Geórgia, Vermont e Virgínia

21h30 Carolina do Norte, Ohio e Virgínia Ocidental

22h Flórida, Pensilvânia, Massachussets e outros

23h Arizona, Iowa, Michigan, Nova York, Texas, Wisconsin e outros

0h Montana, Nevada e Utah

1h Califórnia, Oregon, Idaho e estado de Washington

2h Havaí

3h Alasca

Como funciona a apuração nos EUA?

No país, cada estado apura os votos localmente e indica o vencedor. Em seguida, a imprensa americana soma os dados e aponta o vencedor. Não há um órgão que centralize a apuração, como o TSE no Brasil.

Trajetórias de Kamala e Trump

Kamala, 60 anos, busca ser a primeira mulher a presidir o país na história. Atual vice-presidente, ela entrou mais tarde na disputa, em julho deste ano, após o presidente Joe Biden desistir da corrida. A democrata teve desempenho melhor nas pesquisas do que Biden, mas não conseguiu abrir vantagem sobre Trump, mesmo tendo arrecadado mais de US$ 1 bilhão em doações, valor bem superior ao rival.

Filha de imigrantes vindos da Índia e da Jamaica, Kamala fez carreira como promotora. Ela foi procuradora-geral da Califórnia a partir de 2010 (o cargo é disputado em eleições abertas no país) e, em 2018, se tornou senadora pelo estado. A democrata disputou as primárias presidenciais em 2020 e, após perder, foi escolhida como companheira de chapa por Biden. Naquele ano, os dois derrotaram Trump, que buscava a reeleição.

Do outro lado, Donald Trump disputa sua terceira eleição presidencial seguida. Ele ficou bilionário após assumir os negócios da família e criar projetos de peso no setor imobiliário de Nova York nos anos 1980. Trump usou a fama como empresário para batizar prédios com seu sobrenome e ficou ainda mais conhecido após ser jurado de um programa de TV,  chamado "O Aprendiz", nos anos 2000.

Trump entrou na política após fazer críticas ao então presidente Barack Obama. Ele disputou sua primeira eleição em 2016 e conquistou a Presidência. Sua gestão foi marcada por medidas contra a imigração irregular, desregulamentação da economia e cortes de impostos a empresas. O republicano comandou o país em meio à pandemia de Covid, em 2020. Trump foi contra medidas de isolamento social e liberou bilhões de dólares em auxílios para os americanos. Em novembro daquele ano, ele perdeu a reeleição para Joe Biden. Trump não reconheceu a derrota e tentou reverter o resultado à força, sem sucesso.

Acompanhe tudo sobre:Eleições americanasEleições EUA 2024Donald TrumpKamala Harris

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado