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Imigração: 4 estados dos EUA se negam a enviar agentes à fronteira

Reagindo a ações do governo contra imigrantes, Colorado, Nova York, Maryland e Massachusetts se negaram a mandar tropas para as proximidades com o México

Trump: governador de Nova York, Andrew Cuomo, classificou medidas do governo americano contra imigrantes como uma "tragédia humana" (Leah Millis/Reuters)

Trump: governador de Nova York, Andrew Cuomo, classificou medidas do governo americano contra imigrantes como uma "tragédia humana" (Leah Millis/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de junho de 2018 às 17h50.

Última atualização em 19 de junho de 2018 às 17h53.

Quatro estados dos Estados Unidos se negaram a enviar tropas para a fronteira com o México, em protesto contra a polêmica decisão do governo de Donald Trump de separar de seus pais os filhos de imigrantes em situação ilegal.

Colorado, Nova York, Maryland e Massachusetts disseram que não enviariam tropas da Guarda Nacional estatal para o serviço de fronteira.

"Não seremos cúmplices dessa tragédia humana", declarou nesta terça-feira (19) o governador democrata de Nova York, Andrew Cuomo.

"Diante do tratamento desumano do governo federal das famílias de imigrantes, Nova York não vai implantar a Guarda Nacional na fronteira", garantiu Cuomo no Twitter.

Larry Hogan, o governador republicano de Maryland, também indicou que não enviará membros da Guarda Nacional para a fronteira "até que essa política de separar as crianças de suas famílias tenha sido rescindida".

Hogan informou que ordenou o "retorno imediato" de quatro membros de uma tripulação de helicópteros estacionada no estado fronteiriço do Novo México.

John Hickenlooper, o governador democrata do Colorado, assinou uma ordem executiva na segunda-feira proibindo o uso de recursos estatais "com a finalidade de separar qualquer criança de seus pais ou tutor", uma prática que chamou de "cruel e anti-americana".

O governador de Massachusetts, Charlie Baker, também considerou a medida "cruel e desumana" e disse que não enviaria uma tripulação de helicópteros da Guarda Nacional que deveria ir à fronteira no final deste mês.

O governo Trump tem sido duramente criticado dentro e fora do país por essas separações familiares, produto de uma política de "tolerância zero" em relação aos imigrantes em situação ilegal.

Desde o anúncio desta medida no início de maio, 2.342 crianças e jovens imigrantes foram separados de suas famílias, de acordo com os últimos dados oficiais.

Trump acusou a oposição democrata de ser responsável pela crise, bloqueando a reforma migratória discutida no Congresso. "Se você não tem fronteiras, não tem país!", tuitou o presidente republicano nesta terça-feira.

Trump anunciou em abril seus planos de enviar milhares de soldados da Guarda Nacional para a fronteira, onde poderiam permanecer até que o muro que ele prometeu construir na fronteira sul do país fosse concluído.

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