Quase um quarto dos italianos correm o risco de ficar pobres
Segundo relatório anual do Instituto Nacional de Estatística do país, cerca de 15 milhões de pessoas podem cair na pobreza ou na exclusão social
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2011 às 09h22.
Roma - Quase um quarto da população da Itália - cerca de 15 milhões de pessoas - corre o risco de cair na pobreza ou na exclusão social, revela o relatório anual de 2010 do Instituto Nacional de Estatística (Istat) italiano.
O estudo, que foi apresentado nesta segunda-feira na Câmara Baixa italiana, calculou em 24,7% a percentagem da população da Itália que "experimenta o risco de pobreza ou de exclusão social", um número, segundo o Istat, superior à média de 23,1% da União Europeia (UE).
O instituto italiano assegurou, além disso, que o país conseguiu sair da crise econômica, mas que sua recuperação é "muito modesta", e que 30,8% dos jovens (mais de 1 milhão de pessoas) que trabalham têm contrato temporário.
Na década passada, a Itália registrou "o pior comportamento de crescimento entre todos os países da UE, com uma taxa média anual de apenas 0,2%, contra o percentual de 1,3% registrado na UE e de 1,1% na Eurozona", afirma o relatório.
"O ritmo de expansão de nossa economia foi aproximadamente a metade da média europeia no período 2001-2007 e as distâncias se ampliaram no transcurso da crise e durante a atual recuperação", prossegue.
O Istat lembra que, na média do ano passado, a economia italiana cresceu 1,3% contra 1,8% da Eurozona e que, no primeiro trimestre de 2011, experimentou um avanço de 1% em termos anualizados, contra 2,5% dos países da zona do euro.
"Na Itália, o impacto da crise sobre o emprego foi profundo", revela o relatório, que assinala que o setor industrial foi um dos que mais acusou a perda de emprego.
Além disso, o Istat revela que em 2010 havia cerca de 2,1 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam nem trabalhavam, o que representa um aumento de 134 mil pessoas (6,8%) em relação a 2009.
O instituto de estatística explicou, além disso, que, em 2010, pela primeira vez, o nível de poupança das famílias italianas ficou abaixo das outras grandes economias da Eurozona e que, levando em conta a inflação em alta, o poder aquisitivo se reduziu no ano passado em 0,5%.
"O sistema italiano se mostra mais vulnerável que há alguns anos. É evidente que, para enfrentar as recentes dificuldades, a economia e a sociedade italianas gastaram muitas das reservas disponíveis", disse nesta segunda-feira, durante a apresentação do estudo, o presidente do Istat, Enrico Giovannini.
"O nível de crescimento da economia italiana é insatisfatório. Inclusive os sinais de recuperação conjuntural dos níveis de atividade e da demanda de trabalho não parecem suficientemente fortes para reabsorver o desemprego e a inatividade", acrescentou.
Roma - Quase um quarto da população da Itália - cerca de 15 milhões de pessoas - corre o risco de cair na pobreza ou na exclusão social, revela o relatório anual de 2010 do Instituto Nacional de Estatística (Istat) italiano.
O estudo, que foi apresentado nesta segunda-feira na Câmara Baixa italiana, calculou em 24,7% a percentagem da população da Itália que "experimenta o risco de pobreza ou de exclusão social", um número, segundo o Istat, superior à média de 23,1% da União Europeia (UE).
O instituto italiano assegurou, além disso, que o país conseguiu sair da crise econômica, mas que sua recuperação é "muito modesta", e que 30,8% dos jovens (mais de 1 milhão de pessoas) que trabalham têm contrato temporário.
Na década passada, a Itália registrou "o pior comportamento de crescimento entre todos os países da UE, com uma taxa média anual de apenas 0,2%, contra o percentual de 1,3% registrado na UE e de 1,1% na Eurozona", afirma o relatório.
"O ritmo de expansão de nossa economia foi aproximadamente a metade da média europeia no período 2001-2007 e as distâncias se ampliaram no transcurso da crise e durante a atual recuperação", prossegue.
O Istat lembra que, na média do ano passado, a economia italiana cresceu 1,3% contra 1,8% da Eurozona e que, no primeiro trimestre de 2011, experimentou um avanço de 1% em termos anualizados, contra 2,5% dos países da zona do euro.
"Na Itália, o impacto da crise sobre o emprego foi profundo", revela o relatório, que assinala que o setor industrial foi um dos que mais acusou a perda de emprego.
Além disso, o Istat revela que em 2010 havia cerca de 2,1 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam nem trabalhavam, o que representa um aumento de 134 mil pessoas (6,8%) em relação a 2009.
O instituto de estatística explicou, além disso, que, em 2010, pela primeira vez, o nível de poupança das famílias italianas ficou abaixo das outras grandes economias da Eurozona e que, levando em conta a inflação em alta, o poder aquisitivo se reduziu no ano passado em 0,5%.
"O sistema italiano se mostra mais vulnerável que há alguns anos. É evidente que, para enfrentar as recentes dificuldades, a economia e a sociedade italianas gastaram muitas das reservas disponíveis", disse nesta segunda-feira, durante a apresentação do estudo, o presidente do Istat, Enrico Giovannini.
"O nível de crescimento da economia italiana é insatisfatório. Inclusive os sinais de recuperação conjuntural dos níveis de atividade e da demanda de trabalho não parecem suficientemente fortes para reabsorver o desemprego e a inatividade", acrescentou.