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Qualquer adesão ao Mercosul será "ilegítima", diz Franco

"A situação do Paraguai não teve, nem vai ter uma nova consideração (no Mercosul), tudo o que vão fazer será ilegítimo e ilegal", disse o líder

O presidente paraguaio Federico Franco (D): "Vamos fazer esforço para que o Paraguai seja respeitado como deve, como membro fundador do Mercosul", afirmou o governante (REUTERS)

O presidente paraguaio Federico Franco (D): "Vamos fazer esforço para que o Paraguai seja respeitado como deve, como membro fundador do Mercosul", afirmou o governante (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 13h59.

Assunção - O presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou que qualquer adesão ao Mercosul na Cúpula realizada nesta sexta-feira em Brasília será "ilegítima e ilegal", em alusão à suspensão de seu país desde o dia 29 de junho passado.

"A situação do Paraguai não teve, nem vai ter uma nova consideração (no Mercosul), tudo o que vão fazer será ilegítimo e ilegal", disse o líder em declarações à agência estatal "IP Paraguai".

O chefe de Estado se expressou nesses termos em entrevista coletiva dada no aeroporto Silvio Pettirossi, nos arredores de Assunção, pouco após retornar da viagem que fez na quarta-feira a Miami (EUA).

"O tempo vai se encarregar de esclarecer esta situação. Nossa posição continua sendo absolutamente clara. O que houveem junho foi absolutamente constitucional, reconhecido por membros e não membros", afirmou o líder em alusão ao impeachment do presidente Fernando Lugo em um controverso julgamento político no Legislativo paraguaio.

"Vamos fazer esforço para que o Paraguai seja respeitado como deve, como membro fundador do Mercosul. O que ocorreu no Mercosul, em relação à suspensão do Paraguai, à entrada da Venezuela e às possibilidades de outras adesões, é absolutamente ilegítimo e ilegal", disse o governante.

Franco era o vice-presidente do país e assumiu o poder no último dia 22 de junho, após a destituição de Lugo.

O Mercosul, cujos líderes se reúnem nesta sexta-feira em uma cúpula realizada em Brasília, anunciou ontem, durante a reunião dos chanceleres, que manterá essa suspensão, similar à aplicada pela Unasul e que foi ratificada por este último bloco em sua cúpula em Lima, no último dia 29 de novembro.

Na cúpula de Brasília também será discutido o pedido da Bolívia de se integrar ao bloco como membro pleno. 

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