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QG da frota russa na Crimeia pega fogo após ataque ucraniano

Horas depois, região foi atingida por um ciberataque 'sem precedentes' contra fornecedores de internet

A Frota Russa do Mar Negro está baseada no porto de Sebastopol, um dos centros de comando das operações russas contra a Ucrânia (Maxar Technologies/Divulgação/Reuters)

A Frota Russa do Mar Negro está baseada no porto de Sebastopol, um dos centros de comando das operações russas contra a Ucrânia (Maxar Technologies/Divulgação/Reuters)

Agência o Globo
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Publicado em 22 de setembro de 2023 às 11h08.

O quartel-general da frota russa no Mar Negro, em Sebastopol, na península anexada da Crimeia, pegou fogo nesta sexta-feira depois de ser atingido por um bombardeio ucraniano. Ao menos um militar morreu no ataque, informaram as autoridades russas. Horas depois, a Crimeia foi atingida por um ciberataque “sem precedentes” contra os seus fornecedores de internet.

A Frota Russa do Mar Negro está baseada no porto de Sebastopol, um dos centros de comando das operações russas contra a Ucrânia.

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"Continuam os esforços para extinguir o incêndio no quartel-general da frota", informou no Telegram o governador designado pela Rússia para o distrito de Sebastopol, Mikhail Razvojaiev.

Horas depois, outro funcionário russo denunciou um "ataque cibernético sem precedentes contra provedores de internet da Crimeia".

"Estamos corrigindo interrupções de internet na península", informou Oleg Kriuchkov, conselheiro da autoridade nomeada por Moscou no território, no Telegram, sem especificar se o ataque está relacionado aos atentados.

Segundo a agência estatal russa Tass, um grande número de ambulâncias se dirigia ao local após o bombardeio. As autoridades também expressaram receio de um novo ataque e instaram a população a agir com cautela.

“Peço que mantenham a calma e não publiquem fotos ou vídeos dos locais” , ressaltou Razvojaiev. "É possível que haja um novo ataque. Não venham para o centro, fiquem dentro dos edifícios. Para quem estiver perto do quartel-general da frota, se ouvirem sirenes, dirijam-se aos abrigos".

Na quinta, horas depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia como uma agressão criminosa e sem justificativa em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, Moscou lançou um bombardeio com mísseis contra várias cidades, incluindo Kiev, em um dos ataques simultâneos com maior distribuição territorial.

Ataques aéreos

Em um momento de desgaste e guerra de atrito no solo, os ataques aéreos se tornaram a principal ferramenta ofensiva de Moscou e Kiev para atingir posições além das linhas inimigas. Com uma contraofensiva que avançou menos do que o esperado nos últimos meses, a Ucrânia tenta manter suas linhas de suprimento com ajuda militar do Ocidente, fundamentais para continuar o esforço de guerra.

Em Nova York, na esteira da Assembleia Geral da ONU, Zelensky manteve um encontro importante com o presidente americano, Joe Biden, para reforçar o compromisso da Otan de apoiar a causa ucraniana.

A reunião ocorre em meio a sinais de atrito na unidade ocidental, principalmente partindo da Polônia, um dos aliados de primeira ordem de Kiev, que anunciou a suspensão de futuros envios de armas para o país vizinho, após tensões deflagradas pela decisão do governo polonês de proibir importação de grãos ucranianos para proteger seus próprios agricultores

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