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Putin pede coalizão internacional para luta antiterrorismo

Presidente da Rússia afirmou que essa coalizão deve ser similar à criada para lutar contra Hitler

"Devemos unir forças para lutar contra os problemas enfrentados por todos, de acordo com a lei internacional", afirmou Vladimir Putin (Sean Gallup/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 15h53.

Nações Unidas - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , propôs nesta segunda-feira, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, a criação de uma ampla coalizão internacional contra o terrorismo e pediu o apoio da comunidade internacional para o "governo legítimo" da Síria, liderado por Bashar al Assad.

"Devemos unir forças para lutar contra os problemas enfrentados por todos, de acordo com a lei internacional", afirmou Putin no discurso, que marcou seu retorno à ONU após dez anos de ausência.

Putin afirmou que essa coalizão deve ser similar à criada para lutar contra Hitler. O objetivo seria "unir uma ampla categoria de forças que estejam dispostas a resistir com resolução contra os que propagam o ódio contra a humanidade", algo também feito pelos nazistas.

"Os países muçulmanos têm que ter um papel-chave na coalizão, mais ainda porque o Estado Islâmico (EI) não só representa uma ameaça direta contra eles, mas também por atacar uma das maiores religiões do mundo com seus métodos sangrentos", acrescentou.

Putin afirmou que haverá uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para analisar profundamente "as ameaças do Oriente Médio". O encontro foi em princípio convocado para essa quarta-feira, último dia da presidência mensal russa no órgão.

A Rússia quer a aprovação no Conselho de Segurança de uma resolução que procura "coordenar ações de todas as forças que enfrentam os EI e outras organizações terroristas ".

O presidente russo também expressou seu pleno apoio ao regime de Bashar al Assad na Síria porque, segundo ele, as forças militares e milícias curdas leais ao presidente sírio são as únicas que "verdadeiramente estão lutando contra as organizações terroristas".

Putin confirmou que seu governo está fornecendo assistência técnica e militar tanto ao Iraque como a Síria para lutar contra os extremistas na região.

"Acredito que é um enorme erro negar cooperação com o governo sírio e suas Forças Armadas, que tão valentemente estão combatendo o terrorismo", reiterou.

Para Putin, o conflito na Síria surgiu devido à instabilidade que dominou o Oriente Médio durante a chamada "Primavera Árabe" em 2011, quando os problemas que já estavam acumulados há muitos anos serviram como um estopim para as pessoas que desejavam mudanças.

"Essas revoltas políticas, mais do que trazer reformas, resultaram em uma flagrante destruição das instituições nacionais e da forma de vida. Em vez do triunfo da democracia e do progresso, conseguimos violência, pobreza, desastre social. E ninguém se preocupa pelos direitos humanos, incluindo o direito à vida", afirmou o presidente russo.

Na avaliação de Putin, o vazio de poder que surgiu em alguns países do Oriente Médio provocou a criação de "áreas de anarquia na região". E afirmou que alguns grupos da oposição moderada na Síria que eram apoiadas pelo Ocidente desertaram e se uniram ao EI.

Putin disse que é de "vital importância" que a comunidade internacional trabalhe para "restaurar as instituições governamentais na Líbia, apoiar o novo governo no Iraque e proporcionar uma assistência completa ao legítimo governo da Síria".

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Nações Unidas - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , propôs nesta segunda-feira, em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, a criação de uma ampla coalizão internacional contra o terrorismo e pediu o apoio da comunidade internacional para o "governo legítimo" da Síria, liderado por Bashar al Assad.

"Devemos unir forças para lutar contra os problemas enfrentados por todos, de acordo com a lei internacional", afirmou Putin no discurso, que marcou seu retorno à ONU após dez anos de ausência.

Putin afirmou que essa coalizão deve ser similar à criada para lutar contra Hitler. O objetivo seria "unir uma ampla categoria de forças que estejam dispostas a resistir com resolução contra os que propagam o ódio contra a humanidade", algo também feito pelos nazistas.

"Os países muçulmanos têm que ter um papel-chave na coalizão, mais ainda porque o Estado Islâmico (EI) não só representa uma ameaça direta contra eles, mas também por atacar uma das maiores religiões do mundo com seus métodos sangrentos", acrescentou.

Putin afirmou que haverá uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para analisar profundamente "as ameaças do Oriente Médio". O encontro foi em princípio convocado para essa quarta-feira, último dia da presidência mensal russa no órgão.

A Rússia quer a aprovação no Conselho de Segurança de uma resolução que procura "coordenar ações de todas as forças que enfrentam os EI e outras organizações terroristas ".

O presidente russo também expressou seu pleno apoio ao regime de Bashar al Assad na Síria porque, segundo ele, as forças militares e milícias curdas leais ao presidente sírio são as únicas que "verdadeiramente estão lutando contra as organizações terroristas".

Putin confirmou que seu governo está fornecendo assistência técnica e militar tanto ao Iraque como a Síria para lutar contra os extremistas na região.

"Acredito que é um enorme erro negar cooperação com o governo sírio e suas Forças Armadas, que tão valentemente estão combatendo o terrorismo", reiterou.

Para Putin, o conflito na Síria surgiu devido à instabilidade que dominou o Oriente Médio durante a chamada "Primavera Árabe" em 2011, quando os problemas que já estavam acumulados há muitos anos serviram como um estopim para as pessoas que desejavam mudanças.

"Essas revoltas políticas, mais do que trazer reformas, resultaram em uma flagrante destruição das instituições nacionais e da forma de vida. Em vez do triunfo da democracia e do progresso, conseguimos violência, pobreza, desastre social. E ninguém se preocupa pelos direitos humanos, incluindo o direito à vida", afirmou o presidente russo.

Na avaliação de Putin, o vazio de poder que surgiu em alguns países do Oriente Médio provocou a criação de "áreas de anarquia na região". E afirmou que alguns grupos da oposição moderada na Síria que eram apoiadas pelo Ocidente desertaram e se uniram ao EI.

Putin disse que é de "vital importância" que a comunidade internacional trabalhe para "restaurar as instituições governamentais na Líbia, apoiar o novo governo no Iraque e proporcionar uma assistência completa ao legítimo governo da Síria".

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