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Putin não descarta magnata ter sido morto por estrangeiros

O empresário Boris Berezovsky, morto há um mês no exílio em Londres, pode ter sido morto por serviços secretos estrangeiros


	Oligarca russo Boris Berezovsky: o presidente russo confirmou que no último ano recebeu duas cartas do morto, mas não detalhou seu conteúdo
 (Reuters)

Oligarca russo Boris Berezovsky: o presidente russo confirmou que no último ano recebeu duas cartas do morto, mas não detalhou seu conteúdo (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 09h12.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não descartou nesta quinta-feira que ao empresário Boris Berezovsky, morto há um mês no exílio em Londres, tenha sido morto por serviços secretos estrangeiros.

"São capazes. Tudo é possível, mas não temos informação semelhante", disse Putin respondendo a uma pergunta em um diálogo televisivo com cidadãos.

O presidente russo confirmou que no último ano recebeu duas cartas do morto, um dos oligarcas mais ricos e poderosos durante o governo Boris Yeltsin que se viu obrigado a abandonar Rússia e recebeu asilo político no Reino Unido após a chegada de Putin ao poder.

Com textos praticamente idênticos, as duas mensagens, a primeira recebida em fevereiro passado e o segundo já depois da misteriosa morte de Berezovsky, admitiam os "graves erros" cometidos e pediam ao chefe do Kremlin que o permitisse voltar à Rússia.

Putin não deu mais detalhes do conteúdo das cartas de Berezovsky, por se tratar, segundo ele, de "mensagens pessoais".

Ao mesmo tempo, o presidente da Rússia, cuja ascensão ao poder muitos atribuem justamente a Berezovsky, disse não ter tido jamais uma relação próxima com o oligarca.

"Nos conhecíamos, sim, mas nunca tivemos relações próximas", insistiu.

Putin disse que não teve tempo de responder ao pedido de Berezovsky, pois "era preciso um estudo jurídico" da possibilidade de sua volta ao país.

Ao mesmo tempo, disse que o assunto é exclusivo da família e não requer permissão alguma das autoridades a mudança e enterro na Rússia dos restos mortais do oligarca dissidente. 

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